Com a proximidade do ENEM, que ocorre nos dias 3 e 10 de novembro, estudantes intensificam a preparação para a prova. Nesse contexto de alta concorrência, cometer erros que poderiam ser facilmente evitados é um risco que pode custar caro para os candidatos. Além das 180 questões objetivas, a redação surge como um grande desafio, representando 20% da nota final, sendo essencial evitar deslizes para se destacar.
Para o professor Paulo Jubilut, a melhor estratégia para evitar esses erros é uma preparação focada em revisões e exercícios de provas anteriores. Ele destaca a importância de estar atento às principais armadilhas da prova.
“Assim, o estudante será capaz de identificar possíveis erros e corrigi-los antes da prova”, acrescenta. A chave para o sucesso está em um cronograma de estudos equilibrado que englobe todas as áreas do conhecimento, garantindo que o estudante esteja preparado para evitar estes cinco erros mais comuns que podem prejudicar sua pontuação:
Diferente dos vestibulares como os da UFRJ e da Unicamp, que possuem questões mais objetivas e técnicas, as questões propostas do ENEM são formuladas a partir de uma estrutura já conhecida. Geralmente, a prova irá apresentar um texto-base com uma situação-problema com tema cotidiano propondo que o candidato a solucione.
Como estratégia, o aluno deve entender que a resposta correta sempre estará relacionada com algo já mencionado no texto-base. Sendo assim, ignorar o texto e partir para as alternativas não é uma boa ideia. Para o professor, nenhum dado ou palavra é colocado em vão, “busque resolver questões antigas para identificar a estrutura usada”, aconselha.
Não é de hoje que alunos ficam em dúvida entre duas alternativas muito semelhantes, mas acabam escolhendo a errada. Isso acontece porque podem possuir informações relacionadas ao tema, mas incorretas em relação à proposta. Vale se atentar se não há informações insuficientes para a resolução do problema ou discordantes às expostas no texto-base.
Uma das maneiras para identificar essas pegadinhas é tentar elaborar justificativas para cada alternativa. Para o professor, “explicar” o motivo daquela resposta ser a correta pode ajudar a eliminar aquelas absurdas e correr menos risco de errar.
A nota da redação do ENEM representa 20% da média final, por isso deve ser um ponto de atenção para não cometer erros. A primeira dica é entender a estrutura dissertativa-argumentativa – que significa que o aluno deve apresentar argumentos para a situação problema da redação. Já a outra é se atentar ao número de linhas, de no mínimo 7 e no máximo 30.
Mas ainda que o aluno siga todas essas regras e faça um bom texto, uma simples rasura é capaz de anular todo o trabalho. A redação jamais deve conter desenhos, assinaturas fora do local pedido e recados para o corretor.
Ter um bom repertório é essencial para desenvolver as questões e argumentos para a redação. Livros, filmes, músicas e temas históricos são opções e garantem boas impressões aos corretores. Isso porque mostra que o aluno tem conhecimento do assunto proposto e sabe associá-lo a outras vertentes.
Por outro lado, o nervosismo gerado pela prova pode causar esquecimento e fazer o aluno recorrer aos textos de apoio. Esses materiais aparecem de diferentes formas, como gráficos, histórias ou notícias. Como seu próprio nome esclarece, estão ali para dar apoio e resgatar aquela ideia na memória do aluno. “Copiar na íntegra, jamais”, alerta o professor Paulo Jubilut. Se o plágio for identificado, a nota será zerada.
Durante o exame são muitos desafios e ainda há o gabarito final para se preocupar. Confundir-se na hora de preenchê-lo significa perder pontos importantes. Alguns alunos pecam por se distraírem e trocar as linhas. Segundo Jubilut, o gabarito deve ser feito no momento de maior tranquilidade.
Os especialistas alertam que preencher os gabaritos aos poucos não é uma boa estratégia. Além de conciliar duas tarefas simultaneamente, a ansiedade aumenta e as chances de erro são maiores. “Finalize todas as questões e depois reserve cerca de 30 minutos para a folha de respostas”, aconselha o professor.
Por Maria Rita Coutinho