45 veículos escolares, entre vans e ônibus, foram reprovados em vistoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Anápolis na noite desta segunda-feira (11).
A operação Viagem Segura montou bloqueios nas BRs 060, 153 e 414. As rodovias são consideradas estratégicas para esse tipo de transporte em Anápolis, que recebe estudantes de pelo menos 16 cidades próximas.
De acordo com a PRF, 47 veículos foram fiscalizados e apenas dois deles estavam regulares. A corporação confirmou que veículos pertencentes às prefeituras de Cocalzinho de Goiás, Corumbá, Jaraguá, Leopoldo de Bulhões, Silvânia, Abadiânia, Jesúpolis, Alexânia e São Francisco de Goiás foram reprovados.
Foram detectadas irregularidades como pneus lisos, para-brisa trincado, extintor vencido, sistema de iluminação inoperante e falta do cinto de segurança, infrações que variam de leves a gravíssimas.
Irregularidades como falta de inspeção semestral, motoristas sem o curso específico para o transporte escolar, falta do dispositivo de visão periférica e o não uso do cinto de segurança foram as infrações mais anotadas. Um ônibus que transportava alunos de Terezópolis de Goiás não tinha cintos de segurança suficientes para todos os passageiros e era conduzido por um homem inabilitado para a função.
A PRF permitiu que os veículos parados nos pontos de bloqueios, transportarassem os alunos até os colégios e faculdades. Em seguida, foram conduzidos até a Unidade Operacional onde foram inspecionados.
Em um ônibus, os policiais detectaram irregularidades no sistema de iluminação e tacógrafo. Não havia cintos de segurança, ne, autorização para transporte escolar, além de equipamentos obrigatórios e do dispositivo de visão periférica.
Em comunicado, a PRF se disse surpreendida pela alta taxa de reprovação na fiscalização. “No início do período escolar de 2019, esta operação reprovou metade dos veículos fiscalizados em Anápolis, a expectativa era que esses números fossem reduzidos”.
O objetivo da operação, que deve passar por vários municípios de Goiás é checar as condições dos veículos para combater irregularidades que provocam acidentes.
Quase todos os veículos foram liberados e receberam prazo de uma semana para se adequarem conforme a lei. Em alguns casos, porém, os transportes ficaram retidos e só serão liberados depois de total regularização.
Segundo a corporação, as prefeituras podem responder judicialmente desde que o Ministério Público denuncie os casos à Justiça. A princípio, porém, são tomadas apenas ações administrativas.