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| Em 2 meses atrás

4 dicas para utilizar a madeira na arquitetura residencial

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Cada tipo de madeira atende a diferentes demandas estéticas e funcionais, seja em pisos, portas ou decks externos, exigindo decisões bem fundamentadas e levando em consideração o impacto ambiental. Segundo Frederico Sabella, arquiteto à frente do escritório Sabella Arquitetura, a escolha varia em função de cada demanda, acompanhada por uma análise criteriosa das condições e especificidades do material.

Nessa avaliação, o profissional considera aspectos como resistência ao desgaste, variações climáticas e fatores estéticos como determinantes para assegurar a conservação e o bom desempenho de cada peça. “Sem dúvidas, a execução correta é capaz de valorizar o projeto arquitetônico, além de proporcionar ambientes duradouros, agradáveis e em harmonia com a natureza”, revela. 

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Desde as civilizações antigas, a madeira é um dos materiais preferidos pela humanidade para construção e decoração. No entanto, Frederico Sabella reforça que o manejo exige comprometimento com cultivos sustentáveis. “Por questões éticas e de consciência ambiental, trabalhamos apenas com certificadas, fruto de práticas de reflorestamento e oriundas do Brasil”, explica.

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O arquiteto ainda acrescenta que as madeiras ecológicas, como também são conhecidas, reduzem o desmatamento por meio do manejo controlado e sustentável, evitando que o setor contribua para o agravamento das mudanças climáticas, tema central a ser enfrentado em todo o planeta.

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Abaixo, confira algumas recomendações e acerte na escolha!

1. Madeira para piso

Para a escolha da madeira para o piso é importante levar em conta o estilo da arquitetura (Projeto: Sabella Arquitetura | Imagem: Manuel Sá)

De acordo com Frederico Sabella, a avaliação do piso de madeira leva em conta critérios como o estilo da arquitetura previsto para o projeto, a resistência conforme a necessidade do local e o fator custo x benefício. Entre as tipologias, ele discorre sobre o cumaru, com sua tonalidade escurecida, o carvalho e a sucupira, ambos com variações mais claras. “Considero que as três apresentam um preço intermediário”, discorre. 

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Entre as tipologias “nobres”, o jatobá, árvore conhecida pela capacidade de viver por cerca de cem anos, é aclamada por sua matiz quente e brilho natural. “Porém, esses aspectos refletem no preço elevado da madeira”, ressalta o arquiteto. 

Outra possibilidade elencada é a madeira de demolição, que, apesar de não dispor da mesma resistência em comparação às opções anteriores, figura como uma alternativa interessante para pisos devido ao seu caráter sustentável e custo mais atrativo. 

2. Painéis de madeira

Os painéis de madeira trazem textura e elegância para o ambiente (Projeto: Sabella Arquitetura | Imagem: Manuel Sá)

Os painéis de madeira são frequentemente contemplados em revestimentos de paredes, armários e divisórias, trazendo textura e elegância. Entre as possibilidades, estão o freijó, conhecido por sua cor clara e suave que resulta em um visual moderno, enquanto o cedro, em uma variação mais quente.

“Podemos considerar também o MDF”, diz Frederico Sabella, que sugere atenção com relação à estabilidade dimensional das peças utilizadas em projeto, pois variações de temperatura e umidade podem causar dilatação. 

A madeira ripada, bastante utilizada em fechamentos, internos ou externos, trata-se de um espaçamento entre as peças, resultando em um ritmo vertical que complementa, por exemplo, uma sequência de planos de vidro. Geralmente é empregada no piso e no teto e sem montantes intermediários.

“Além de adicionar textura ao conjunto arquitetônico, os ripados contrastam com revestimentos lisos como pisos e pedras. Quanto à tonalidade, buscamos harmonizar o conjunto com a utilização de madeiras mais quentes para equilibrar a aparência sisuda do concreto aparente”, completa. 

3. Portas de madeira

A madeira tipo freijó aplicada na porta pivotante oferece durabilidade e sofisticação (Projeto: Sabella Arquitetura | Imagem: Manuel Sá)

Para que as portas disponham de resistência mecânica, bem com aspectos consonantes ao projeto de arquitetura, madeiras como mogno, com seu tom avermelhado e propriedades que atendem às variações climáticas; o cumaru, reconhecido pela sua resistência, e a peroba rosa são escolhas certeiras. 

Pensando nos espaços internos, cedro, freijó e tauari são mais populares, especialmente em acabamentos lisos ou entalhes que delineiam traços sofisticados. “Nosso parecer técnico leva em conta questões particulares como o isolamento acústico”, relata Frederico Sabella. 

Para projetos de alto padrão, o especialista sempre considera a madeira maciça derivada do plantio de reflorestamento, ainda que essa escolha impute um valor mais elevado. No entanto, também é viável selecionar modelos com excelente resultado estético alcançado pelo MDF com lâmina natural ou laminados que imitam a aparência da madeira maciça. “Embora com durabilidade inferior, seu preço é mais competitivo quando precisamos combinar qualidade dentro de um orçamento mais enxuto”, complementa. 

4. Deck externo de madeira

Este deck de madeira cumaru, ao redor da piscina com borda infinita, garante estabilidade e integra o espaço à natureza ao redor (Projeto: Sabella Arquitetura | Imagem: Manuel Sá)

Para um deck externo, a madeira deve ser, impreterivelmente, resistente à umidade e às variações resultantes das intempéries da natureza. Para tanto, ipê, cumaru e garapa são as tipologias populares.

Todavia, a equipe de projetos do escritório Sabella Arquitetura aponta a preferência pela teca, espécie naval utilizada na construção de barcos devido à alta densidade e resistência. Para a sua construção, as réguas costumam apresentar espessura entre 22 e 45 mm e uma paginação de peças com largura de 5 a 7 cm para um resultado mais elegante e delicado. 

Por Leonardo Sandoval

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