O Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, comemorado em 16 de setembro, tem como propósito alertar a sociedade sobre uma condição que atinge milhares de brasileiros diariamente. A trombose se caracteriza pela formação de coágulos sanguíneos que bloqueiam o fluxo normal do sangue nas artérias e veias, podendo resultar em complicações graves como embolia pulmonar ou até mesmo acidente vascular cerebral (AVC).
A conscientização sobre os sintomas e os fatores de risco, e a importância de um diagnóstico precoce são essenciais para prevenir a doença e evitar suas consequências. O Presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Dr. Armando Lobato, destaca algumas dicas importantes para auxiliar na prevenção da patologia:
Manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regularmente, ajuda a manter a boa circulação do corpo.
Evitar ficar muito tempo sentado, o consumo de álcool e o tabagismo, além de aumento de peso corporal, são hábitos que auxiliam na prevenção da patologia.
Monitorar os sintomas auxilia no diagnóstico precoce, neste caso, os sintomas mais comuns são: dores locais, inchaços, coloração escura ou arroxeada, endurecimento da pele e aumento de temperatura.
Realizar check-ups também da parte vascular é essencial para ter resultados positivos a longo prazo.
Mulheres que fumam e tomam anticoncepcionais têm maior chance de ter a doença. E mulheres com mais de 40 anos são as que mais sofrem da patologia. Uma pesquisa realizada pela SBACV baseada em dados do DataSus, de 2020 a 2024, revelou um aumento significativo nas internações por trombose entre mulheres com mais de 40 anos.
Em 2020, das 23.361 mulheres internadas com trombose, 17.578 tinham mais de 40 anos. Em 2023, o número saltou para 29.528 de um total de 36.258 internações femininas. “Trombose é uma condição séria que ainda recebe pouca atenção, dificultando seu diagnóstico precoce. Iniciativas como o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose são fundamentais para lembrar a população da importância de cuidar da saúde vascular, estar atento aos sinais do corpo e buscar acompanhamento médico regular.” Conclui o Dr. Lobato.
Por Danielle Campos