A Universidade Federal de Goiás (UFG) divulgou pesquisa nesta terça-feira (19) que aponta que o Brasil é o oitavo maior consumidor de energia elétrica. De toda a produção brasileira, o setor industrial é responsável por 39% do consumo.
A pesquisa, desenvolvida pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas das Dinâmicas Territoriais (Laboter) da UFG, fez o mapeamento das redes de transmissão, distribuição e de consumo de energia elétrica no Brasil e no Estado de Goiás.
Com dados da Empresa de Pesquisa Energética, de 2013, o levantamento concluiu que houve aumento na produção de energia nos últimos anos. No entanto, o crescimento está relacionado ao consumo industrial, cerca de 39,8% da energia produzia, considerando todo o país. Em Goiás, o percentual é de 35,9%.
De acordo com a pesquisa, foi possível identificar os principais municípios consumidores de energia, que são os mesmo que possuem atividades industriais voltadas para a produção de alimentos, mineração e agroindústria.
As cidades mapeadas foram Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio verde, Itumbiara, Catalão, Niquelândia, Minaçu, Luziânia e Entorno de Brasília.
“Uma pequena central hidrelétrica consegue atender a demanda de municípios, o que, obviamente, vai depender do tamanho e do consumo. Só que essa mesma central hidrelétrica não consegue fornecer energia suficiente para uma grande mineradora”, explica o pesquisador responsável pelo levantamento, professor Denis Castilho.
Além disso, foi identificado que a ampliação de grandes empreendimentos de geração de energia no Estado está diretamente relacionada ao fornecimento a outras regiões do país. Para Denis Castilho, Goiás é um exportador de energia elétrica para outras regiões brasileiras, já que produz mais que o consumo utilizado.
A pesquisa também avaliou a relação da produção com o preço cobrado ao consumidor. Segundo o pesquisador, apesar de os custos para a construção de usinas hidrelétricas ser alto, o custo operacional para a produção de energia nesse modelo é barato.
“Hoje, a energia elétrica se tornou um grande negócio no Brasil. Grandes empresas estão entrando no ramo da produção, porque a concessão de uma hidrelétrica garante a taxa de lucratividade para a empresa geradora”, ressalta.
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