As cobras são répteis fascinantes que habitam diversos ecossistemas ao redor do mundo. Com mais de 3 mil espécies conhecidas, elas desempenham papéis essenciais no equilíbrio ambiental, controlando populações de roedores e outros pequenos animais.
Dentre essa diversidade, algumas se destacam por possuírem veneno potente, utilizado tanto para a captura de presas quanto para defesa. Essa saliva modificada, é rica em toxinas que podem causar efeitos variados, desde paralisia até necrose tecidual.
A seguir, conheça algumas espécies de cobras peçonhentas!
A cobra-real é nativa de florestas tropicais da Índia, Sudeste Asiático e Indonésia. É a maior cobra peçonhenta do mundo, podendo alcançar até 5,5 metros de comprimento. Sua coloração varia entre verde-oliva e marrom, com faixas claras transversais.
Alimenta-se quase exclusivamente de outras serpentes, incluindo espécies também peçonhentas, o que lhe confere o nome “comedora de cobras”. Apesar de ser tímida e evitar confrontos, seu veneno neurotóxico é extremamente potente, causando falência respiratória e cardíaca em humanos, se não for feito o tratamento.
A mamba-negra é encontrada em regiões de savana e florestas abertas da África Subsaariana. Apesar do nome, sua coloração varia entre cinza e marrom-oliva. A palavra “negra” refere-se ao interior escuro da boca. Pode atingir até 4,5 metros de comprimento e é extremamente rápida, atingindo velocidades de até 20 km/h. Seu veneno neurotóxico pode causar paralisia e morte em poucas horas se a vítima não for tratada. Quando ameaçada, pode ser agressiva, mas normalmente evita o contato humano.
Essa espécie é encontrada em áreas áridas e remotas da Austrália. É considerada a cobra terrestre mais venenosa do mundo, com um veneno que pode matar um humano em menos de uma hora. Apesar disso, é uma serpente tímida e reclusa, raramente vista por humanos.
Sua coloração varia do marrom-claro ao escuro, dependendo da estação, o que ajuda na camuflagem. Alimenta-se de pequenos mamíferos e utiliza seu veneno neurotóxico e hemotóxico para imobilizar rapidamente as presas.
As cascavéis habitam as Américas, desde regiões áridas do Canadá até florestas da América do Sul. São reconhecidas pelo chocalho em sua cauda, usado como alerta para predadores. Possuem padrões em losango na pele, variando entre tons de marrom e cinza. Seu veneno é hemotóxico, causando destruição tecidual, hemorragias e problemas de coagulação. São animais que evitam confrontos, mas picam quando se sentem ameaçados.
A jararaca é uma das cobras mais comuns do Brasil, habitando áreas da Mata Atlântica e regiões rurais. Ela mede até 1,2 metros e possui coloração marrom com manchas em forma de “V” ao longo do corpo. Seu veneno, uma mistura de toxinas proteolíticas e coagulantes, causa dor intensa, inchaço e necrose. Alimenta-se de pequenos roedores e aves, sendo importante para o controle de pragas.
Também chamada de surucucu, esta é a maior víbora das Américas, chegando a medir até 3,5 metros. É encontrada em florestas tropicais da América do Sul, especialmente na Amazônia. Sua pele tem padrões em losango. Seu veneno hemotóxico pode causar dor, inchaço e hemorragia severa. Apesar de seu tamanho e veneno potente, é de hábitos noturnos e evita contato humano.
As corais-verdadeiras habitam as Américas e são facilmente identificáveis por seus anéis vermelhos, pretos e amarelos. São cobras pequenas, geralmente medindo até 1 metro, e possuem um comportamento bastante recluso. Seu veneno neurotóxico é perigoso e pode causar insuficiência respiratória. Apesar disso, são menos propensas a atacar humanos devido à sua natureza tímida.
As najas são nativas da África e Ásia e são famosas por sua habilidade de abrir o capelo (pele expandida do pescoço) quando ameaçadas. Existem diversas espécies, com cores que vão do preto ao marrom-claro. Algumas são capazes de cuspir veneno, mirando nos olhos do agressor. Seu veneno neurotóxico pode causar paralisia e morte se a vítima não for tratada. Apesar de perigosas, preferem fugir ao confronto.
Essa espécie é encontrada na Índia e no Sudeste Asiático. De coloração marrom com manchas ovais, a víbora-de-Russell é responsável por muitos acidentes ofídicos na Ásia. Alimenta-se de roedores e pequenos animais. Seu veneno hemotóxico causa dor severa, necrose e insuficiência renal. É considerada uma das cobras mais perigosas devido à sua proximidade com áreas urbanas.
A cobra krait-comum habita o subcontinente indiano e é reconhecida por sua coloração preta com faixas brancas transversais. É noturna e tem hábitos reclusos, caçando principalmente outras cobras e pequenos mamíferos. Seu veneno neurotóxico é extremamente potente, causando paralisia muscular e respiratória.