Nos dias 3 e 10 de outubro, acontece o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e uma das maiores preocupações dos candidatos é garantir uma boa nota na redação, uma parte fundamental e decisiva da prova. Para obter um bom desempenho, além de estar bem preparado, é fundamental conhecer a estrutura dissertativo-argumentativa e as competências exigidas.
Entender a construção da redação e dominar as cinco competências são passos essenciais, mas o que realmente pode fazer a diferença é evitar erros comuns. Imagine, por exemplo, escrever um texto com ideias interessantes e uma proposta de intervenção criativa, mas perder pontos por usar gírias ou se esquecer dos conectivos.
Por isso, Paulo Jubilut, criador do Aprova Total, plataforma online que prepara jovens para vestibulares, lista 10 pontos para ficar atento. Veja a seguir!
A redação do Enem exige um texto dissertativo-argumentativo, no qual o candidato deve defender um ponto de vista e apresentar argumentos que o sustentem. Se optar por outro gênero, como uma narrativa ou uma carta, receberá nota zero. É fundamental respeitar essa estrutura, que inclui uma introdução clara, dois parágrafos de desenvolvimento e uma conclusão que traga uma proposta de intervenção.
Para garantir a imparcialidade na correção, qualquer identificação pessoal do candidato é proibida. Se tiver uma assinatura, desenho ou qualquer marcação que possa revelar a identidade do estudante, o texto será anulado. Portanto, não caia na cilada de deixar um símbolo ou mensagem que não tenha relação com o conteúdo da sua dissertação.
Os conteúdos de apoio são fornecidos para ajudar o candidato a entender o tema proposto e construir argumentos. Ignorar esses materiais pode resultar em uma redação desconectada do tema ou fraca na argumentação. Mesmo que tenha conhecimento prévio sobre o assunto, use os textos motivadores como base para a sua argumentação.
Embora seja importante utilizar os textos motivadores como referência, copiá-los diretamente é proibido. As partes copiadas são desconsideradas na correção, e isso pode prejudicar a nota final. Devem ser inspiração para o aluno desenvolver suas próprias ideias e trazer outros repertórios que complementem o tema.
Algumas vezes, por insegurança, pode surgir a vontade de deixar um recado explicativo ou pedir que o corretor tenha “carinho” ao avaliar sua redação. Esse tipo de prática é proibida e anula o texto. A redação deve ser impessoal e formal, sem apelos pessoais.
A redação do Enem exige uma linguagem formal. O uso de gírias, xingamentos ou termos vulgares é severamente penalizado e compromete a nota. Mesmo que esteja discutindo um tema mais coloquial, é importante manter um tom sério e respeitoso ao longo de todo o texto.
Tentar impressionar o corretor com palavras difíceis ou pouco usuais pode ser um tiro no pé. Se o autor não souber usar esses termos corretamente, o texto pode ficar confuso ou até incoerente. É preferível uma linguagem simples, mas que comunique as ideias de maneira clara e objetiva.
Os conectivos são palavras ou expressões que ligam frases, orações, períodos e parágrafos, estabelecendo relações entre eles e dando sequência às ideias. São essenciais para garantir a coesão do texto, associando uma ideia a outra de forma natural. Sem eles, o texto pode ficar fragmentado, com transições abruptas entre parágrafos e ideias. Vale variar os conectivos usados.
Uma das competências do Enem avalia a capacidade de propor uma intervenção para resolver o problema discutido. No entanto, essa proposta deve sempre respeitar os direitos humanos. Qualquer sugestão que inclua medidas que atentem contra a dignidade humana resulta em penalizações severas e pode zerar a Competência 5.
Muitos candidatos subestimam a importância de fazer um rascunho. Ao começar a redação diretamente na folha oficial, aumenta-se o risco de cometer erros que poderiam ser evitados. O rascunho permite que você organize melhor suas ideias, revise argumentos e garanta que sua redação esteja coerente antes de passá-la a limpo.
Por Maria Rita