A autovalorização é um componente essencial que acompanha o ser humano em todas as etapas da existência. Desde a infância, quando os alicerces emocionais se estabelecem, passando pela fase adulta, na qual se torna sólida, até a maturidade, em que se ajusta às novas circunstâncias, essa autopercepção impacta nossa saúde psicológica, interações sociais e qualidade de vida. Nesse sentido, dedicar-se ao cultivo de uma autoestima saudável em cada período é essencial para lidarmos com adversidades e comemorarmos vitórias de forma completa.
Autoestima na infância
Investir no desenvolvimento da autoestima das crianças é fundamental para garantir que elas cresçam com uma visão positiva de si, o que afeta diretamente sua saúde mental e capacidade de lidar com desafios ao longo da vida. Uma autoestima saudável na infância está associada a menores riscos de desenvolver sintomas depressivos na adolescência e na vida adulta, além de promover maior resiliência e bem-estaremocional.
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Dicas para desenvolver uma autoestima saudável em crianças
Fomentar uma autoimagem positiva desde cedo é essencial para o crescimento emocional saudável. Dentre as estratégias, pode-se citar:
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Elogie os esforços, não apenas os resultados: valorize o processo e o empenho da criança, mesmo que o resultado não seja perfeito, para incentivar a perseverança e o aprendizado;
Dê escolhas para a criança: permitir que ela faça pequenas escolhas diárias, como escolher a roupa ou atividades, ajuda a desenvolver sua autonomia e confiança;
Seja afetuoso: demonstre carinho e afeto regularmente. O amor incondicional é uma base sólida para a autoestima;
Evite comparações: cada criança tem seu ritmo de desenvolvimento; portanto, a comparar com outros pode prejudicar sua autoimagem;
Estimule a comunicação emocional: ajude a criança a reconhecer e expressar seus sentimentos, criando um espaço seguro para ela se expressar;
Dê feedback construtivo: ao corrigir, faça isso de maneira construtiva, explicando o que pode melhorar sem diminuir a criança;
Incentive atividades extracurriculares: participar de esportes, artes ou hobbies pode fortalecer a autoestima, pois permite a criança descobrir suas habilidades e capacidade de superação;
Não rotule: evite rotular a criança como “preguiçosa” ou “desastrada”; foque na construção de comportamentos e expressões saudáveis: lembre-se que a criança é um ser em desenvolvimento e está aprendendo;
Crie um ambiente seguro para erros: ensine que errar faz parte do aprendizado, ajudando a criança a ver falhas como oportunidades de crescimento;
Celebre pequenas conquistas: comemore cada progresso, reforçando a confiança da criança em suas capacidades.
Autoestima na vida adulta
A autoestima é essencial na vida adulta, pois influencia diretamente o autoconceito e a maneira como a pessoa se posiciona no trabalho e nas suas relações interpessoais. Quando elevada, permite que o indivíduo tenha confiança em suas habilidades, o que se reflete em atitudes mais assertivas e produtivas no ambiente profissional.
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Além disso, a autoestima funciona como um “espelho”, em que a forma como a pessoa se vê e valoriza determina os limites que estabelece para o tratamento que aceita dos outros. Quando alguém se enxerga positivamente, tende a atrair relações mais saudáveis e a estabelecer trocas mais equilibradas e respeitosas em todos os aspectos da vida.
Dicas para ampliar a autoestima na vida adulta
A jornada da vida adulta traz consigo diversos desafios e oportunidades que moldam nossa identidade. Investir em ações que promovam a autoestima é uma forma eficaz de garantir um futuro mais confiante e equilibrado. Veja dicas:
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Pratique o autoconhecimento: liste suas qualidades e conquistas, refletindo sobre suas competências. Reconhecer suas próprias forças é um passo fundamental para aumentar a autoestima;
Estabeleça metas realistas: defina pequenos objetivos alcançáveis e celebre cada conquista. Isso ajuda a reforçar a sensação de competência e confiança;
Cuide do diálogo interno: o que você diz para si e sobre si tem um impacto direto na sua autoestima e em todas as áreas da sua vida. Um diálogo interno construtivo e positivo ajuda a melhorar a autopercepção e autovalorização;
Pratique atividades físicas: exercitar-se regularmente melhora o bem-estar físico e mental, contribuindo para a autoimagem positiva;
Aprenda algo novo: investir no aprendizado de novas habilidades fortalece o senso de realização e amplia a confiança em si;
Cerque-se de pessoas positivas: manter um círculo social que oferece apoio e incentivos fortalece a autoestima e evita ambientes tóxicos;
Faça atividades prazerosas: envolva-se em hobbies e atividades que tragam satisfação, como forma de valorizar o tempo dedicado a si;
Pratique a gratidão: reflita diariamente sobre aspectos positivos da sua vida, valorize suas superações e conquistas, expressando gratidão por eles; isso ajuda a focar nas suas capacidades e no que há de bom;
Desenvolva inteligência emocional: trabalhar o gerenciamento sobre os pensamentos e emoções promove uma visão mais equilibrada de si, ajudando a acolher-se, compreender-se e respeitar-se;
Evite comparações: foque seu próprio progresso, evitando comparar-se com os outros, cada um tem seu próprio ritmo e necessidades, valorize quem você é e seu progresso.
Autoestima em idosos
A autoestima na terceira idade é fundamental para ajudar os idosos a enfrentarem com serenidade as mudanças naturais do envelhecimento. Compreender as transformações do corpo e aceitar o novo ritmo de vida permite que eles se adaptem melhor às limitações físicas, sem perder a confiança em si.
O autorrespeito é essencial para preservar a dignidade, promover o autocuidado e garantir uma qualidade de vida mais elevada, já que idosos com boa autoestima tendem a cuidar mais da saúde física e emocional, mantendo-se ativos e com uma visão positiva sobre essa fase da vida.
Estratégias e práticas para cuidar da autoestima na terceira idade
Envelhecer é uma jornada repleta de transformações, e a maneira como enfrentamos essas mudanças impactam nossa qualidade de vida. Implementar hábitos saudáveis e positivos pode fortalecer a autopercepção e o bem-estar. Abaixo, confira dicas para isso:
Pratique atividades físicas regularmente: caminhadas, yoga, dança ou exercícios de alongamento ajudam a manter o corpo ativo, melhorando a saúde física e mental, o que contribui diretamente para a autoestima;
Mantenha hobbies e interesses: incentivar a prática de hobbies como leitura, pintura ou jardinagem mantém a mente ativa e promove uma sensação de realização pessoal;
Participe de grupos sociais: manter uma rede de amigos e participar de atividades sociais ajuda a fortalecer a autoestima, promovendo trocas afetivas e suporte emocional;
Foque o autocuidado diário: estimular a independência nas atividades diárias, como cuidar da aparência pessoal, alimentação e higiene, promove autossuficiência e dignidade;
Tenha uma alimentação saudável: comer de forma balanceada melhora a disposição física e mental, o que se reflete diretamente no bem-estar e na autoestima;
Cultive uma visão positiva do envelhecimento: encorajar uma atitude positiva em relação ao envelhecimento, aceitando as mudanças naturais e focando nos aspectos positivos dessa fase da vida, é essencial para manter a autoestima;
Desenvolva novas habilidades: aprender algo novo, como um idioma ou habilidade manual, pode aumentar a autoconfiança e proporcionar novas realizações pessoais;
Cuide da saúde mental: ter uma rede de apoio, cuidar do gerenciamento emocional, fazer escolhas saudáveis para si e encontrar novas formas de aproveitar a vida, promove bem-estar e amplia a autoestima;
Crie um planejamento de atividade de vida diária: isso é essencial para que o idoso possa desenvolver tarefas diferentes e ocupar o seu tempo de forma saudável;
Celebre a vida: reforçar a importância de reconhecer e comemorar a vida, as conquistas e pequenos feitos, ajuda a reforçar a autoestima e a autossatisfação.
Por Beatriz Acampora
Doutora em Saúde Pública, psicóloga (CRP 05/32030), terapeuta integrativa e mentora transformacional. Entre os livros lançados, está “Autoestima: práticas para transformar pessoas” (Wak Editora).