Neste domingo (14) é o Dia Mundial do Café, bebida que vai bem em vários momentos do dia: depois do almoço, no lanche da tarde, com um bolinho, com amigos do trabalho, família e até durante o momento de trabalho ou leitura. Para a professora de nutrição da Estácio, Mariana Guedes, o hábito do consumo de café é extremamente benéfico e faz parte da cultura brasileira.
A especialista explica que o interesse em consumir café está muitas vezes relacionado com a busca de sensações prazerosas. “O consumo de café é considerado um costume significativo na vida cotidiana moderna, uma vez que resulta em um efeito de alerta no cérebro humano, além de contribuir com a redução da depressão”, destacou.
“Diante da necessidade de realizar várias tarefas ao longo do dia, as pessoas recorrem ao café como uma estratégia energética. Entretanto, os indivíduos responderam de forma diferente à ingestão do produto, de modo que nem sempre a sensação de energia e prazer é percebida por todos. De uma forma geral, em um contexto saudável e utilizando-se doses adequadas, o café é nutricional e culturalmente bem-vindo”, complementa o docente da Estácio.
Segundo a professora, os impactos do consumo de café na saúde foram extensivamente investigados e, conforme a literatura, o consumo de 3 a 4 xícaras diárias está associado a uma menor mortalidade por diabetes mellitus, doença de Parkinson, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. “Existe a hipótese de que os benefícios relacionados ao consumo de café estejam associados à presença de compostos que contribuem para a formação de radicais livres e a inflamação, o que pode contribuir na prevenção de doenças”, orienta.
Por outro lado, o consumo excessivo do café está associado ao aumento dos níveis de colesterol sérico, o que pode prejudicar a saúde cardiovascular e predispor ao infarto agudo do miocárdio. “Além disso, já foi identificado que esse consumo exagerado pode estar relacionado à redução do apetite, insônia, inquietação, cisto de tecido mamário em mulheres, distúrbios digestivos, dores de cabeça, diminuição da fertilidade e aborto”, explicou a especialista.
Sendo assim, os estudos mais recentes dizem que o consumo de café é benéfico para a nossa saúde quando consumido em quantidades adequadas, sendo o excesso prejudicial.
Professora de nutrição da Estácio, Mariana Guedes
Hoje o café é a segunda bebida mais consumida no mundo, só perdendo para a água. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), em parceria com o Instituto Axxus, realizou uma pesquisa entre 2019 e 2023 que examinou o consumo de café no país antes, durante e após a pandemia de COVID-19.
Conforme dados da pesquisa o consumo da bebida permaneceu estável, com 81% dos entrevistados mantendo o hábito em 2023. A quantidade diária varia, sendo 29% consumindo mais de seis xícaras, enquanto 46% consomem entre três e cinco xícaras.