O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. Mesmo com o pedido de vista do ministro Nunes Marques, que suspendeu o julgamento virtual nessa segunda-feira (25), o ministro Dias Toffoli antecipou seu voto, seguindo o relator, ministro Gilmar Mendes.
Com isso, o placar registrado até agora pelo Supremo é de seis votos a zero para condenar a parlamentar a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto. Acompanharam o voto do relator os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli, que também se manifestaram pela perda do mandato em função da condenação criminal.
Zambelli virou ré em 2023, após ter sido filmada sacando uma arma de fogo e perseguindo o jornalista esportivo e ativista político Luan Araújo, 34, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição começou após Zambelli e Luan trocarem provocações depois de um ato político realizado no bairro dos Jardins, em São Paulo. No momento, Bolsonaristas, como a deputada, repudiaram pessoas que se manifestavam contrários à reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nesta segunda-feira (24), Bolsonaro demonstrou, porém, abandono à parlamentar, afirmando que Zambelli foi responsável por sua derrota nas eleições de 2022. “Aquela imagem da Carla Zambelli da forma que foi usada, perseguindo o cara lá. Teve gente [que pensou]: ‘Olha, o Bolsonaro defende o armamento’. Mesmo quem não votou no Lula, anulou o voto. Ela tirou o mandato da gente”, disse o ex-presidente, em entrevista ao podcast Inteligência Ltda.
Leia mais sobre: Bolsonaro / Carla Zambelli / Carla Zambelli perseguiu jornalista com arma / STF / Brasil / Política