Em Niquelândia, a agente de segurança Daiana Virtuoso, 35 anos, foi vítima de brutal feminicídio ocorrido dentro de sua residência, nas proximidades da região central da cidade, possivelmente no começo da tarde de segunda-feira (24). Segundo a polícia, o principal suspeito é Eduardo Paulo da Silva, 21, ex-companheiro da vítima e que esteve com ela no dia do crime. Ele está foragido.
O feminicídio está sendo investigado pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da Polícia Civil de Niquelândia.
De acordo com o delegado Cássio Arantes do Nascimento, a última pessoa a ver Daiana Virtuoso com vida foi a filha, uma adolescente, que esteve no local no horário do almoço, notando a presença e Eduardo no local. Imagens dele usando roupas como as usadas por Daiana e segurando um objeto similar a um cassetete, indicam que ele também deve trabalhar como segurança.
Por volta das 18h30, a adolescente retornou à casa da mãe na companhia de outro familiar, não especificado pela autoridade policial. No local ela encontrou o corpo da mãe e acionou a Polícia Militar (PM).
Golpe violento
A vítima estava seminua, em meio a uma grande quantidade de sangue, com uma grave lesão na cabeça causada por um objeto que ainda não foi identificado pela polícia.
“Como o crime foi dentro da casa, então é improvável que tenha sido uma pedra. Normalmente, nesses casos, o agressor se desfaz do objeto no local. Pode ter sido um pedaço de pau, ferro, tijolo, mas descartamos quase completamente a hipótese de pedra. Hoje, a equipe vai retornar ao local para tentar encontrar algo. Nos fundos da residência, há um córrego e uma área de mato. Vamos verificar se há algum vestígio desse objeto”, explicou o delegado do GIH ao portal Excelência Notícias.
Vítima de feminicídio tinha denunciado suspeito em 2024 à Polícia de Niquelândia
Ainda segundo o portal, o delegado informou que Daiana já havia registrado um boletim de ocorrência contra o suspeito do crime. A denúncia foi registrada por agressão, no início de 2024, o que resultou na abertura de um inquérito policial.
Além disso, Daiana chegou a obter uma medida protetiva contra o suspeito, mas posteriormente solicitou a revogação do afastamento. Mesmo separados, Eduardo ainda frequentava a residência da mulher, segundo relatos de testemunhas.
Equipes da PC e da PM realizaram diligências para tentar localizar o suspeito, mas até o momento Eduardo segue foragido.
A perícia do Instituto Médico Legal (IML) de Uruaçu esteve em Niquelândia e coletou evidências que podem ajudar na elucidação do crime.
Delegado aponta escalada de violência contra a mulher
“O crime foi cometido com extrema violência. Infelizmente, casos como esse vêm se repetindo em todo o país, mostrando a escalada da violência doméstica que, em muitos casos, termina em feminicídio”, destacou o delegado Cássio Arantes.

A Polícia Civil também investiga a possibilidade de que a vítima tenha sofrido outros tipos de violência antes de ser morta, incluindo violência sexual. Exames realizados no corpo irão atestar ou descartar essa hipótese.
O inquérito policial foi instaurado e testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. Caso o suspeito não se apresente de maneira espontânea, a Polícia Civil deve solicitar à Justiça a prisão preventiva do assassino.
Denúncias que possam levar à localização de Eduardo podem ser feitas anonimamente pelo telefone 197 da Polícia Civil ou pelo 190 da Polícia Militar.
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