Na tarde do último sábado (14), o Vila Nova escreveu um importante capítulo na história do futebol feminino goiano. Jogando no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA), em Goiânia, o time venceu o Operário-MS por 2 a 1 e garantiu o acesso à Série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino. A vitória também selou a classificação das Tigresas para as semifinais da Série A3, fase na qual enfrentarão o Itabirito-MG.
O resultado é fruto de um projeto que vem sendo desenvolvido nos últimos anos. Em parceria com a Universidade Salgado de Oliveira (Universo), o Vila Nova tem estruturado um departamento que vai além da equipe principal e mira o futuro da modalidade. Para William Mendes, coordenador de Esportes Olímpicos do clube, o feito tem um impacto coletivo e simbólico para o cenário do futebol feminino em Goiás.
“O acesso era o nosso objetivo principal na temporada, e conseguimos. Mas a importância dessa conquista vai além do clube. Ela impacta diretamente o futebol feminino em Goiânia, que agora terá mais uma vaga na Série A3 em 2026. Nosso trabalho agora é para que, em 2027, possamos ter três equipes goianas na competição”
O projeto do Vila Nova no futebol feminino é extenso. Além do time profissional, que já figura entre os principais do Centro-Oeste, o clube mantém categorias de base desde o sub-10. Com um olhar voltado para o futuro da modalidade, William Mendes, reforça o compromisso do clube com o desenvolvimento e a consolidação do esporte para mulheres.
“O futebol feminino é uma questão sem volta. Mesmo com os desafios culturais ainda presentes em Goiás, especialmente relacionados ao machismo, temos convicção de que estamos no caminho certo. Trabalhamos com a categoria desde o sub-10 até o profissional.”
Além do trabalho técnico e esportivo, a estrutura oferecida pelo Vila Nova tem sido fundamental para o fortalecimento do futebol feminino no clube. William Mendes destaca que o projeto só se sustenta graças ao apoio logístico da CBF, à parceria com a Universidade Salgado de Oliveira e à contribuição de patrocinadores, que juntos garantem toda a estrutura para as tigresas.
“A CBF também nos apoia com logística nos campeonatos nacionais, como transporte e alimentação em viagens. Hoje temos um alojamento com quatro refeições diárias e uma rotina de treinos bem estabelecida. Isso só é possível graças a patrocinadores como o Mauro, do Centro-Oeste, e ao suporte da universidade, que oferece bolsas que acabam funcionando como uma espécie de salário para as atletas.”
Agora, o foco das Tigresas é conquistar o título da Série A3. O primeiro confronto da semifinal contra o Itabirito-MG será no próximo sábado (21), às 11h, no Estádio Castor Cifuentes, em Nova Lima. A partida de volta será no dia 5 de julho, também às 11h, no OBA, em Goiânia.
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