12 de outubro de 2024
Alerta • atualizado em 18/01/2024 às 16:12

Vigilância em Zoonoses registra caso de raiva em morcego na capital

O primeiro caso de raiva em morcego de 2024 foi registrado no Setor Chácaras de Recreio Samambaia. Dois cães que tiveram contato com o animal contaminado estão sendo monitorados
A raiva é transmissível a humanos por meio de mordida e contato com saliva e sangue do animal contaminado. Foto: SMS
A raiva é transmissível a humanos por meio de mordida e contato com saliva e sangue do animal contaminado. Foto: SMS

O Departamento de Vigilância em Zoonoses (DVZ) registrou o primeiro caso de raiva em morcego de 2024 na capital. O animal foi encontrado morto no Setor Chácaras de Recreio Samambaia, região Norte de Goiânia, no dia 6 de janeiro, e o diagnóstico foi confirmado em 11 de janeiro. Dois cães que tiveram contato com o morcego contaminado estão sendo monitorados.

De acordo com os donos, os dois cães estavam devidamente vacinados, mas receberam dose de reforço da vacina antirrábica e continuam em observação. Conforme o DVZ, nenhum humano teve contato com o animal contaminado.

A ocorrência de casos de raiva em morcegos representa um alerta para a população, como explica o diretor do DVZ, Murilo Reis. “Todo caso de raiva em morcego merece uma atenção especial, pois há o risco do homem ser contaminado pelo animal infectado”, enfatiza Reis.

De acordo com o diretor, as espécies encontradas na região metropolitana de Goiânia são, e sua maioria, frugívoros e insetívoros, que se alimentam de frutas e insetos, no entanto, quando ameaçados, podem morder para se defenderem. Aí está o perigo. A transmissão da doença acontece pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.

Recomendações

Murilo também chama a atenção para a importância da vacinação antirrábica. “Uma vez vacinados, cães e gatos ficam protegidos contra a raiva. Não estamos mais em campanha, mas há doses disponíveis gratuitamente na sede da Zoonoses, na Upa Vet da Amma e nas Escolas de Veterinária da UFG e da PUC”, informa.

O diretor também esclarece que cães e gatos que tiverem contato com morcegos devem ser notificados à Diretoria de Vigilância em Zoonoses. “Essa notificação é importante para que esses animais possam ser vacinados contra raiva e monitorados por 180 dias, conforme o recomendado pela Nota técnica nº 19/2012/MS”, diz.

A Vigilância em Zoonoses ressalta que os morcegos são animais de extrema importância para a natureza, portanto, quando voando livremente no período noturno não são considerados animais suspeitos, e nessas condições não oferecem risco desde que não sejam manipulados. O alerta é para casos em que o animal for encontrado morto ou caído em horário e local não habitual.

Se houver comportamento suspeito, a recomendação é entrar em contato com a Vigilância em Zoonoses para que seja feito o recolhimento do animal, pelos telefones (62) 3524- 3131 e 3524-3124 horário comercial e (62) 3524-3130 no período noturno, finais de semana e feriados.

Em 2023, Goiânia identificou sete casos de morcegos positivos para raiva nos seguintes bairros: Leste Universitário, Vila João Vaz, Negrão de Lima, Parque Tremendão, Setor Vila Nova e Criméia Leste, sendo este com dois casos registrados.


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