O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB) prestou contas na Câmara Municipal de Goiânia, relativas ao segundo quadrimestre de 2019. Diferente de outras prestações, em que ocorreram pesados embates, desta vez o tom foi mais leve. Uma quantidade menor de críticas foi direcionada ao prefeito e aos secretários.
Elogios a Fátima Mrué
Alvo de críticas durante outras prestações, a secretária de Saúde, Fátima Mrué, foi elogiada por alguns vereadores. O presidente da Câmara Romário Policarpo (Patriota), disse que fez duras críticas a secretária, mas que o prefeito acertou ao mantê-las no cargo. Em seguida, o presidente da Comissão Mista, Lucas Kitão (PSL) cobrou a conclusão das obras do CIAMS do Jardim América. Iris se exaltou e voltou a dizer que em breve, Goiânia terá “um salto” na qualidade da Saúde.
Elogios
Vereadores da base que na semana passada criticaram secretários da administração municipal, nesta segunda-feira foi diferente, apenas elogios. As críticas foram relacionadas a não conclusão de atividades em mutirões da prefeitura. Hoje nenhuma crítica.
Os elogios tomaram conta de boa parte da prestação. Apenas os vereadores Lucas Kitão, Sabrina Garcez e Dra Cristina, fizeram críticas mais contundentes. Os três parlamentares destacaram questões da área da Saúde.
Vice
Alguns vereadores se lançaram em tom de brincadeira como vice de Iris Rezende, por exemplo, Carlin Café. O prefeito tanto na prestação, quanto em entrevista voltou a dizer que a preocupação é quanto à gestão e não questões político-partidárias, pois poderia atrapalhar o foco na resolução dos problemas da cidade.
Números
A análise dos números foi a menor parte da prestação de contas na Câmara Municipal. Em pouquíssimos momentos foram destacados os números da administração nos primeiros oito meses de 2019. A maior parte dos vereadores não se ateve a questão numérica.
Superávit
Houve um superávit primário na ordem de R$ 142 milhões, levando em consideração o que a prefeitura arrecadou e o que gastou de janeiro a agosto deste ano.
Aumento de despesa
Apesar do superávit primário que são as receitas e despesas pagas, com exceção de operações de crédito e aplicações financeiras, de janeiro a agosto de 2019, houve um aumento da evolução das despesas, em comparação com a evolução das receitas.
Houve um aumento real (quando se desconta a inflação) da evolução das receitas em 8,37%. Por outro lado, a despesa real da prefeitura aumentou em 9.99% durante o período. O aumento da despesa leva-se em conta fatores como o crescimento vegetativo da folha de pagamento dos servidores e os encargos com juros da dívida.
“Apesar de ter um crescimento da despesa, um pouco maior do que o da receita, a gente ainda conseguiu ter um superávit. A Prefeitura gasta menos do que arrecada. Como nossa dívida diminuiu, a gente não tem mais necessidade de fazer um superávit tão grande. Superávit é para pagar dívidas. Isso já é fruto para deixar a máquina andar um pouco mais”, explicou o secretário Alessandro Melo, em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás.
Receita
A receita da prefeitura saltou de R$ 2,9 bilhões de janeiro a agosto de 2018 para R$ 3,3 bilhões, uma evolução nominal na ordem de 12,09%. O crescimento real da receita, que é quando se desconta a inflação foi na ordem de 8,37%.
A arrecadação de impostos no período aumentou, passando de R$ 1,16 bilhão para R$ 1,26 bilhão, um crescimento real de 4,72%. Impostos como IPTU e ISS tiveram crescimento. O IPTU em 10,35%, e o ISS em 9,31%.
Despesa
A evolução nominal da despesa cresceu 13,76% e a real, quando descontada a inflação foi de 9,99%. O que mais pesou para essa evolução de despesa foi a quantidade de juros e encargos da dívida que cresceu 253,96%. A despesa de pessoal e de encargos sociais cresceu 10.93%.
