08 de fevereiro de 2025
Queda • atualizado em 13/01/2025 às 17:26

Vendas do comércio varejista em Goiás tiveram menor crescimento em 2024 comparado a 2023

Sondagem do Sindilojas indica que o varejo goiano cresceu num ritmo mais lento em 2024 prejudicado por fatores como a alta no dólar, a taxa básica de juros e a inadimplência
Dados preliminares indicam que comércio varejista cresceu menos em 2024 do que em 2023. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Dados preliminares indicam que comércio varejista cresceu menos em 2024 do que em 2023. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Dados preliminares do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas) indicam que em 2024 as vendas do comércio varejista em Goiás aumentaram apenas 1,20%, menos que no ano anterior. O resultado foi comparado ao ano de 2023, quando foi registrado um crescimento de 2,2%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A percepção do setor é de que, em 2024, o comércio varejista goiano cresceu num ritmo mais lento, prejudicado por fatores como a alta no dólar, a taxa básica de juros e a inadimplência. De acordo com os lojistas, nem as vendas no Natal conseguiram neutralizar as perdas.

Mesmo ainda não consolidado em números monetários, os dados preliminares revelam um cenário de retração, acentuada nos últimos seis meses do ano, como explicado pelo presidente do Sindilojas-GO, Cristiano Caixeta. “Embora mais evidente agora no plano geral, a crise econômica no Brasil atinge o varejo há vários meses. Nosso setor é diretamente influenciado, por exemplo, pela cotação do dólar, que em 2024 variou de R$ 4,89 a R$ 6,19, e pelas taxas de juros, que seguem subindo, encarecendo o crédito e impactando negativamente as vendas no varejo”, detalhou.

Outro ponto que preocupa os lojistas é a inadimplência. O número de consumidores goianos negativados cresce desde julho, com as maiores altas registradas em setembro (2,47%), outubro (3,51%) e novembro (4,68%), conforme dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

“Teremos um trabalho árduo para reverter essa situação. Para tanto, precisamos de ações concretas do Governo Federal para estabilizar a economia e estimular a atividade comercial, principalmente, com uma taxa básica de juros menor, buscando favorecer o acesso ao crédito”, encerra Cristiano.


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