Conciliador, o deputado federal Thiago Peixoto tem defendido que o PSD caminhe unido com a Base Aliada do Governo de Goiás nas eleições deste ano. Ele afirma que não é momento para defender independência ou projeto paralelo. Sua postura é totalmente oposta à do presidente local da legenda, Vilmar Rocha.
O ex-deputado federal e candidato derrotado nas eleições passadas ao Senado tem assumido discurso de rebeldia e fala até em candidatura própria caso não exista espaço para o PSD na chapa majoritária que terá o vice José Eliton (PSD) à frente.
O próprio nome de Thiago Peixoto foi muito cotado para vice de Zé Eliton, mas o parlamentar tem se dedicado cada vez mais às suas bases. O parlamentar está trabalhando e empolgado com a candidatura à reeleição. Com isso, cresce em Vilmar o desejo de ser novamente um dos nomes da base ao Senado. Como uma das vagas deve ser mesmo do governador Marconi Perillo (PSDB), o grande problema é a disputa ferrenha entre outros partidos da base como o próprio PSD, o PSDB, o PP, o PTB e o PSB.
Apesar de reconhecer a relevância e a força do PSD na Base Aliada, além da legitimidade, Thiago Peixoto tem tratado com cuidado o assunto. Ele sempre destaca a importância do vice, governador Marconi Perillo e a união dos partidos aliados. Habilidoso, o parlamentar teme que nomes como o do senador Ronaldo Caiado (DEM) possam ganhar espaço e se beneficiar em caso de divergências sérias na base.
Thiago Peixoto, aliás, não tem poupado críticas à forma caiadista de fazer política. Para ele, Caiado representa o atraso e é tudo o que a política moderna não precisa: intransigente, intolerante e sem diálogo. “O que precisamos é de bom senso”, afirma o deputado goiano.
Nos bastidores, em Brasília, o ministro Gilberto Kassab, fundador e nome forte do PSD nacional, tem se mostrado preocupado quanto às movimentações de Vilmar Rocha. A interlocutores, Kassab tem dito que a consolidação do partido nos estados deve ficar acima de qualquer projeto pessoal e que não quer ficar sabendo de aventuras.