14 de julho de 2025
Embate

“Tentou intimidar o governo”, diz Caiado sobre recomendação de promotora

Em nota, o governador de Goiás defendeu a legitimidade do Fundeinfra e reforçou a transparência de seu trabalho à frente do Poder Executivo goiano
Foto: Will Rosa
Foto: Will Rosa

O governador Ronaldo Caiado (UB) divulgou, na noite deste domingo (22), uma “nota ao povo goiano” com esclarecimentos sobre o embate envolvendo o Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) e a promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira, do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).

O caso teve início após recomendação de Leila Maria para a revisão da gestão compartilhada das obras do Fundeinfra com uma entidade privada, apontando uma possível prática de improbidade administrativa.

O gestor goiano defendeu a transparência e honestidade da administração pública goiana e afirmou que Leila Maria fez um “pré-julgamento”, com o intuito de “intimidar o governo” e paralisar as as ações do Estado.

Caiado relatou um histórico de respeito pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), no qual afirma manter uma relação “harmônica e de independência”. No entanto, ponderou ser “necessário distinguir a atuação da instituição de iniciativas individuais que destoam de sua missão, que extrapolam os limites e que, claramente, refletem um comportamento político inaceitável para um promotor”.

“O Governo de Goiás não está contra o Ministério Público. Mas questionamos abertamente a conduta isolada da promotora Leila Maria de Oliveira que, de forma reiterada, tem se colocado contra o estado de Goiás, a partir de um comportamento que revela motivação política”, disse.

Caiado apontou ser “inadmissível que o Estado seja ameaçado com acusações de improbidade administrativa” e defendeu a legalidade do Fundeinfra. “A promotora Leila Maria de Oliveira, ao invés de discutir o mérito da legislação, busca intimidar a gestão pública, fazendo pré-julgamento e presumindo antecipadamente como crime de improbidade administrativa um contrato sobre o qual ela mal tem conhecimento, assim como a das partes envolvidas”, disparou.

“O estado de Goiás não se julga dono da verdade e não se opõe a considerações e orientações do Ministério Público. Mas nunca foi esse o interesse da promotora, que se recusou por mais de uma vez a atender nosso Procurador Geral do Estado para discutir o assunto”, continuou o governador.

Segundo Caiado, “o que a promotora Leila tentou fazer em relação às contratações do Fundeinfra foi intimidar o governo, fazendo um julgamento prévio equivocado, com uma absurda presunção de culpa que, no final das contas, esconde o objetivo de paralisar as obras e ações do estado”.

“O governo de Goiás, repito, não se opõe a discutir qualquer assunto, mas não podemos aceitar ações de intimidação que extrapolam as prerrogativas da promotora. Tenho quase 40 anos de vida pública, sem uma mácula em minha trajetória, sem nunca ter me envolvido em corrupção e bandalheiras. E seguirei firme, com responsabilidade e compromisso com o interesse público, levando desenvolvimento a Goiás e benefícios a quem precisa”, finalizou.


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