25 de março de 2025
ALTA NOS PREÇOS

Supermercados propõem 10 medidas ao governo para reduzir preços dos alimentos

Propostas incluem adoção do "Best Before", redução de custos de transações eletrônicas e venda de remédios em supermercados
Supermercadistas apresentaram propostas, algumas polêmicas, e governo está avaliando - Foto: arquivo / Agência Brasil
Supermercadistas apresentaram propostas, algumas polêmicas, e governo está avaliando - Foto: arquivo / Agência Brasil

Um conjunto de 10 medidas para conter o aumento nos preços dos alimentos foi apresentado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 21 de novembro. Segundo informações da colunista Raquel Landim, do portal Uol, as propostas estão sendo discutidas com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e formam a base das ações em estudo pelo governo, de acordo com Rui Costa, ministro da Casa Civil.

Foi a eminência dessas medidas que levou o ministro a se expressar mal e falar em intervenção no mercado, o que ele corrigiu depois.

Confira! Ministro descarta intervenção para forçar queda de preços de alimentos

Entre as medidas sugeridas pelos supermercados, destacam-se: a adoção da norma internacional “Best Before” relativa à venda de alimentos vencidos que não se deterioram rápido, como arroz; além da entrada da Caixa Econômica Federal como operadora do vale-refeição e a antecipação da nova cesta básica.

Confira algumas medidas sugeridas pelos supermercados para reduzir preços, segundo a colunista.

Adoção do “Best Before”


Inspirada em práticas de países como Estados Unidos e União Europeia, a norma “Best Before” tem como objetivo reduzir o desperdício de alimentos e baratear preços. Essa política distingue a segurança alimentar da qualidade do produto, permitindo a venda de alimentos não perecíveis, como arroz e biscoitos, após a data de validade com descontos.

A Abras estima que a implementação dessa medida poderia reduzir em até R$ 2 bilhões o desperdício anual de alimentos no Brasil, que atualmente soma R$ 4,3 bilhões. Apesar dos benefícios, a proposta enfrenta resistência nas redes sociais.

Redução de custos no vale-refeição


Outra proposta polêmica é a transformação da Caixa Econômica Federal na operadora dos programas de vale-alimentação e vale-refeição, hoje administrados por empresas privadas como Alelo e Sodexo. A Abras argumenta que a retirada das margens de lucro das operadoras financeiras, que variam entre 6% e 10%, ajudaria a diminuir o custo final dos alimentos para os consumidores.

Venda de remédios em supermercados


Os supermercadistas também propuseram a venda de medicamentos isentos de prescrição em suas lojas, como analgésicos e remédios para gripe. Segundo a Abras, essa medida garante o setor, poderia reduzir em até 35% o preço desses produtos, aliviando o orçamento das famílias e, indiretamente, compensando os gastos com alimentos.

Antecipação da nova cesta básica


Por fim, a Abras sugeriu antecipar a entrada em vigor da nova cesta básica, prevista para 2033 com a reforma tributária. A medida inclui a desoneração de produtos como carnes e teria impacto direto na redução dos preços dos alimentos. No entanto, a proposta enfrenta desafios relacionados à renúncia fiscal e à participação dos Estados na discussão do ICMS.

As sugestões da Abras são vistas como alternativas viáveis para combater a alta nos preços, especialmente em um momento de pressão inflacionária. O governo continua avaliando as propostas em busca de soluções que equilibrem o custo de vida da população com a sustentabilidade fiscal. (Fonte: Coluna de Raquel Landim, portal Uol)


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