O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO) denuncia a crise enfrentada pelas maternidades municipais de Goiânia. De acordo com o representante dos profissionais da saúde, os salários de dezembro estão atrasados e há falta de insumos nas unidades, fatores que ameaçam o funcionamento e a manutenção dos atendimentos.
De acordo com o sindicato, os profissionais da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que atuam nas maternidades municipais, não receberam o salário de dezembro, parte do 13º salário e o vale-alimentação. Além disso, enfrentam a falta de insumos, de medicamentos, equipamentos e déficit de profissionais, comprometendo o atendimento.
Conforme o Sindsaúde, na Maternidade Célia Câmara, as cirurgias eletivas foram suspensas, 20 leitos de UTI estão fechados, o aparelho de tomografia está quebrado desde agosto e faltam insumos básicos para atendimento. No Hospital e Maternidade Dona Íris 29 leitos estão bloqueados por falta de manutenção, o centro cirúrgico está sem materiais de esterilização e as UTIs neonatais estão sem recursos essenciais, impossibilitando internações urgentes.
Ao Diário de Goiás, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) afirmou, em nota, que trabalha em conjunto com a Fundahc em busca do restabelecimento integral dos serviços nas maternidades Dona Iris, Nascer Cidadão e Célia Câmara. A secretaria prometeu, ainda, que o repasse de R$ 10 milhões será feito na próxima segunda-feira (20).
A assessoria da Fundahc informou que está trabalhando em conjunto com a atual gestão para a redução do valor dos convênios, mas, ainda sem definições. Completou afirmando que aguarda o repasse das verbas estipuladas pela SMS na data prevista.
Confira a nota da SMS na íntegra:
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que a gestão da pasta trabalha em conjunto com a Fundahc em busca do restabelecimento integral dos serviços nas maternidades Dona Iris, Nascer Cidadão e Célia Câmara.
A SMS ressalta que fará até a próxima segunda-feira (20) o repasse de R$ 10 milhões à organização social e que está em negociação com a direção da Fundach para a promoção do reequilíbrio financeiro do contrato firmado com a pasta para a administração das maternidades e a definição de cronograma para o pagamento das dívidas deixadas pela gestão anterior.
Leia mais sobre: Fundahc / Maternidades em crise / Maternidades Municipais de Goiânia / Sindsaúde / SMS de Goiânia / Cidades / Goiânia