Em 2025, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) registrou um aumento de 235,29% na ocorrência de acidentes com aranhas em Goiás. Somente entre 1º de janeiro e 14 de fevereiro, foram contabilizados 121 casos no Estado, destes, 50 ocorreram em Goiânia.
No mesmo período do ano passado, foram verificados apenas 17 casos. De acordo com a SES-GO, 57 vítimas, foram atendidas no Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade do Governo de Goiás gerida pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG).
Em 2024, o HDT registrou um total de 323 atendimentos de casos de picadas por aranhas. A espécie com maior número de registros foi a aranha-marrom (Loxosceles), com 115 casos; seguida por espécies não identificadas (104); aranha-armadeira (Phoneutria), com 58 registros; e outras espécies, que somam 46 ocorrências.
Como agir em casos de picadas
Especialistas do HDT orientam que as unidades básicas de saúde devem ser as primeiras a serem procuradas, e, se necessário, o paciente será encaminhado à rede estadual. Em Goiás, o HDT é referência no tratamento desses casos.
A diretora técnica do HDT, Vivian Furtado, ressalta que a prevenção e os cuidados são principais recomendações para evitar os acidentes. É importante verificar o interior de calçados antes vestí-los, manter a região domiciliar limpa e livre de matos e locais que os animais possam se esconder, e ter atenção principalmente com as crianças.
De acordo com a médica, em caso de picada, deve-se lavar a área afetada com água e sabão e procurar atendimento imediatamente. O soro antiaracnídico deve ser preferencialmente aplicado em até́ 36 horas, mas, quanto mais rápido for o tratamento, menores as chances de complicações.
Animais peçonhentos
Diversos animais peçonhentos, como serpentes, escorpiões, lagartas, abelhas, entre outros, podem causar acidentes. A SES-GO registrou, até o momento, 1.088 acidentes com esses animais em 2025. No ano passado, foram 11.910 casos ao todo.
Em áreas rurais, os hospitais locais podem solicitar o antiveneno, se disponível. Caso contrário, o paciente deve ser encaminhado para um centro especializado.
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