O Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) informou, na noite deste domingo (9), a retomada do serviço de pediatria na unidade. O retorno ocorreu após reunião entre a empresa e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG).
Em nota, a unidade frisou que “as entidades estão atuando para garantir a manutenção do cuidado de excelência aos bebês nascidos na maternidade e aos pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e de Cuidados Intermediários (UCIN)”.
Suspensão do atendimento
Na manhã deste domingo, foram suspensas novas internações de pediatria e de gestantes em trabalho de parto no Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara. Gestora da unidade, a Fundahc comunicou que a empresa de pediatria que atendia a unidade paralisou o atendimento, o que impede a internação de crianças, incluindo os recém-nascidos durante os partos realizados na unidade.
Ao Diário de Goiás a Fundahc informou que a suspensão dos serviços pela empresa anterior se deu em função do atraso no pagamento. A empresa foi substituída, mas ainda não havia contratado os profissionais de pediatra para realizar a assistência.
Crise
A situação vivida pelas três maternidades municipais geridas pela fundação – maternidade Célia Câmara, Nascer Cidadão e Donas Íris – é crítica desde o ano passado (2024), quando a Prefeitura deixou de fazer os repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) pelos serviços prestados, levando a uma crise sem precedentes na rede municipal. O problema fez parte do conjunto de irregularidades no setor que levou a uma intervenção judicial na Secretaria Municipal de Saúde.
O atual prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), vem repassando valores e negociando os que estavam em atraso, mas já anunciou intenção de repactuar o contrato com a Fundahc em até 40% a menos. O contrato atual da prefeitura, segundo a fundação, é de R$ 20 milhões mensais. Ao falar do assunto essa semana, Mabel citou que o preço do parto é muito alto em relação a outras instituições e falou até em ociosidade.
Leia mais sobre: Fundahc / Maternidade Célia Câmara / Saúde Goiânia / Cidades
