No final do ano passado, foi preso um homem que usou diploma falso para ingressar como professor na rede pública estadual e que teve ainda a audácia de entrar na Justiça requerendo também horas extras e gratificações. Esse é um dos muitos casos que levaram a Secretaria de Educação de Goiás (Seduc-GO) e a Polícia Civil (PC-GO) a estabelecerem a troca de informações para combater o uso de diplomas falsos.
A secretária de Educação do Estado, Fátima Gavioli, e o delegado-geral da Polícia Civil, André Ganga, decidiram intensificar a troca de informações entre os órgãos para tornar as investigações mais céleres.
Gavioli explicou que, como a pasta é responsável pela emissão de diplomas da educação básica, é acionada para verificar a autenticidade dos documentos. Foi acertado que, “sempre que for identificada alguma irregularidade, a Polícia Civil será imediatamente informada”.
Uso de diploma falso para professor do Estado chama a atenção
E os casos que mais chamam a atenção envolvem justamente a contratação de servidores com nível superior para cargos de professor.
André Ganga destacou que as denúncias serão encaminhadas às delegacias especializadas, que são responsáveis por investigar esse tipo de crime. Com isso, o tempo de resposta será mais rápido e organizado, impedindo que os processos se arrastem e que os envolvidos continuem praticando crimes.
Diploma fake
Conforme divulgado pelo governo estadual, a PC-GO já está investigando uma organização criminosa que vende diplomas no estado e em mais cinco unidades da federação. “Os investigados são suspeitos de comercializar diplomas de ensino médio, graduação e até de pós-graduação para pessoas que nunca frequentaram os cursos”, alerta o órgão.
Conforme as investigações, os pedidos eram feitos por meio de aplicativos de mensagens, com envio dos dados pessoais dos interessados. Após o pagamento, os diplomas dos cursos solicitados eram entregues em poucos dias. “Foi apurado que os compradores escolhiam o curso de graduação ou pós-graduação, pagavam valores entre R$ 2,5 mil e R$ 4 mil, e recebiam os diplomas em um curto espaço de tempo”. A investigação identificou instituições de ensino envolvidas em Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Minas Gerais como emissoras dos documentos fakes.
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