O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), ironizou o valor de R$ 190 milhões citado por um jornal da cidade como sendo o montante que a prefeitura pretende aportar na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (5), Mabel questionou a informação e reafirmou que o aporte planejado pela administração municipal gira em torno de R$ 100 milhões, destinados a rescisões trabalhistas de aposentados e ajustes financeiros da empresa.
Questionado sobre o destino dos outros supostos R$ 90 milhões, Mabel afirmou: “Eu também não sei, na minha conta são 100 milhões, aí apare esse número de R$ 190 milhões, que até vou perguntar para o presidente quem que deu esse número, acho que esse número está errado. O número que nós temos lá é em torno de 100 milhões, que é para fazer esse ajuste dos aposentados”, afirmou.
Na semana passada, ao Diário de Goiás, a Companhia confirmou o aporte de aproximadamente R$ 100 milhões e adiantou que está em curso “a elaboração de um novo Plano de Cargos e Salários, para cumprir com a ideia de economicidade e readequação financeira da empresa” e para que haja demissões, “é preciso pagar aos servidores (CLTs) o que é de direito”. A proposta ainda precisa de aprovação do Legislativo, já que o município depende da anuência dos vereadores para liberar o repasse.
Aporte para viabilizar a Comurg
Mabel explicou que o aporte financeiro visa garantir a saída dos servidores aposentados da folha de pagamento da companhia, proporcionando um ajuste financeiro necessário. “Essas pessoas precisam aposentar. Estão dentro da folha de pagamento, gerando custos, e precisam receber a aposentadoria delas com tranquilidade em casa”, pontuou o prefeito.
Ele ainda destacou que a administração pretende parcelar os pagamentos, o que reduziria significativamente os custos mensais da prefeitura com salários. “Se eu fizer um acordo para pagar isso em algumas vezes, quase que você tira esse custo mensal. É uma conta econômica simples, e um aporte que o acionista vai fazer”, ressaltou.
Plano para viabilizar a empresa
O prefeito reforçou que a estratégia de sua gestão não é realizar repasses constantes para a Comurg, mas sim reestruturar financeiramente a empresa. “Não posso ficar o tempo inteiro mandando dinheiro para lá. Eu preciso viabilizar a empresa. Então, ao invés de mandar dinheiro todo mês, faço um aporte de capital para viabilizar as demissões e reestruturar a Comurg”, explicou.
Segundo Mabel, a reformulação financeira não se restringe apenas à Comurg, mas a diversas áreas da administração municipal. “Estamos fazendo cortes na Comurg, mas também na saúde. Estamos ajustando tabelas porque estavam fora do eixo. É por isso que essa cidade não tem dinheiro para fazer nada”, criticou.
Por fim, o prefeito ressaltou sua dedicação ao ajuste das contas públicas. “Temos que trazer a cidade para dentro do eixo, colocar gestão nisso. Estou fazendo isso 24 horas por dia, além de ir para a rua e fazer uns videozinhos”, concluiu.
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