O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), rebateu reportagem do O Popular sobre a suposta timidez na redução da folha da Comurg, afirmando que os cortes foram feitos ainda em 2024. Segundo ele, os efeitos das medidas começaram a aparecer nos primeiros meses de 2025, e a matéria desconsidera a origem e o impacto real dos ajustes. “Janeiro, fevereiro e março já era minha administração. Eu cortei foi lá em outubro, novembro, quando demos um corte grande na folha”, esclareceu.
Durante a declaração, o prefeito não poupou críticas à maneira como os dados foram divulgados. “São umas manchetes maldosas, né?”, comentou, em tom irônico. Ele reiterou que os ajustes feitos em outubro e novembro impactaram diretamente a folha de pagamento no início do ano seguinte, e que os dados analisados precisam ser compreendidos dentro dessa linha do tempo.
Segundo Mabel, a folha da Comurg já havia recebido os efeitos das medidas no início de janeiro. “Lógico que a hora que chegou em janeiro, a folha já tinha recebido o corte. Em fevereiro foi feito um ajuste. Em março também”, pontuou.
Redução em números e medidas adotadas
De acordo com o jornal O Popular, com base em dados fornecidos pela própria Comurg, a despesa com folha de pagamento caiu de R$ 30 milhões em janeiro para R$ 24 milhões em fevereiro, mas voltou a subir em março, chegando a R$ 28 milhões. A redução acumulada no trimestre foi de 6,6%.
Os cortes foram motivados principalmente por:
- Demissão de comissionados: R$ 3 milhões a menos;
- Extinção de gratificações: R$ 1,4 milhão;
- Redução de cargos de chefia: R$ 115 mil;
- Recálculo de quinquênios: R$ 1,8 milhão;
- Impacto nos impostos sobre salários (por redução de gratificações): economia de R$ 6,5 milhões.
Foco em eficiência e combate à corrupção, afirma Mabel
Além dos cortes administrativos, Sandro Mabel destacou que a atual gestão também está promovendo ações de combate à corrupção e à ineficiência na máquina pública. “Estão cortando. Estão cortando corrupção, estão cortando quem não trabalha”, reforçou.
O prefeito anunciou ainda que pretende direcionar recursos para viabilizar aposentadorias de servidores inativos que permanecem na folha, o que deve gerar uma economia ainda maior para os cofres públicos. “Vamos botar um dinheiro lá dentro para aposentar essas pessoas e já tirá-las da folha. É um custo grande, mais de 10 milhões por mês que nós recebemos”, explicou.
A administração de Sandro Mabel indica que os ajustes iniciados em 2024 terão continuidade ao longo de 2025, com foco na racionalização dos gastos e no equilíbrio fiscal da capital. A promessa é de uma gestão mais enxuta, com valorização do servidor que atua com eficiência, e corte de excessos ou práticas irregulares.
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