25 de março de 2025
MERCADO DE TRABALHO

Salário do trabalhador está abaixo da média nacional em Goiás e acima em 8 estados e no DF

Trabalhador goiano recebeu no ano passado, em média, R$ 3.196, enquanto a média nacional foi de R$ 3.225, o maior valor já registrado em 12 anos da PNAD
O salário médio nacional foi de R$ 3.225, o maior valor já registrado em 12 anos da PNAD, e em Goiás ficou em R$ 3.196 - Foto: arquivo
O salário médio nacional foi de R$ 3.225, o maior valor já registrado em 12 anos da PNAD, e em Goiás ficou em R$ 3.196 - Foto: arquivo

O salário do trabalhador em Goiás está abaixo da média nacional, que alcançou R$ 3.225 em 2024, enquanto o trabalhador goiano recebeu no ano passado, em média, R$ 3.196. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, o IBGE apontou que oito estados e o Distrito Federal terminaram 2024 com o rendimento médio dos trabalhadores acima da média do país.

Conforme o instituto, os R$ 3.225 somam o maior número já registrado no salário médio do trabalhador brasileiro na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012.

Os dados apontam que o Distrito Federal (DF) se mantém bem posicionados, com o maior rendimento médio do país, atingindo R$ 5.043, valor explicado pelo grande contingente de funcionários públicos na capital federal, que conseguem uma remuneração acima da média da iniciativa privada.

Distância de 146% entre salário médio do trabalhador do DF e o do Maranhão

De todo modo, o valor do  rendimento médio  no DF é 56% acima da média do Brasil e 146% maior que o indicador do Maranhão, o menor do país (R$ 2.049).

As outras localidades com rendimento médio do trabalhador maior que a média nacional são São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.

Ranking do rendimento médio anual dos trabalhadores nas unidades da federação publicado pela Agência Brasil nesta sexta:

  • Distrito Federal, R$ 5.043
  • São Paulo, R$ 3.907
  • Paraná, R$ 3.758
  • Rio de Janeiro, R$ 3.733
  • Santa Catarina, R$ 3.698
  • Rio Grande do Sul, R$ 3.633
  • Mato Grosso, R$ 3.510
  • Mato Grosso do Sul, R$ 3.390
  • Espírito Santo, R$ 3.231
  • Brasil, R$ 3.225
  • Goiás, R$ 3.196
  • Rondônia, R$ 3.011
  • Minas Gerais, R$ 2.910
  • Amapá, R$ 2.851
  • Roraima, R$ 2.823
  • Tocantins, R$ 2.786
  • Rio Grande do Norte, R$ 2.668
  • Acre, R$ 2.563
  • Pernambuco, R$ 2.422
  • Alagoas, R$ 2.406
  • Sergipe, R$ 2.401
  • Amazonas, R$ 2.293
  • Paraíba, R$ 2.287
  • Pará, R$ 2.268
  • Piauí, R$ 2.203
  • Bahia, R$ 2.165
  • Ceará, R$ 2.071
  • Maranhão, R$ 2.049

Recorde

Apesar de liderar o ranking, o Distrito Federal não superou o maior valor já alcançado, fato que ocorreu com a média nacional e 13 estados. No DF, o recorde foi em 2015, com R$ 5.590. Os dados da pesquisa são deflacionados, ou seja, a inflação no período é descontada, de forma que seja adequada uma comparação real.

Goiás entre os que tiveram recorde no rendimento anual

Assim como a média do Brasil, alcançaram o recorde de rendimento anual os trabalhadores de Rondônia, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, e os três da região Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

O levantamento aponta que, em 14 estados, o desemprego médio de 2024 foi o menor da série histórica. Goiás não está entre eles.

Por outro lado, o nível de ocupação médio anual chegou a 58,6% em 2024 e Goiás ocupou o terceiro lugar. Os maiores percentuais para este indicador foram apresentados por Mato Grosso (68,4%), Santa Catarina (67,0%) e Goiás (65,3%) e os menores, por Maranhão (47,3%), Acre e Ceará (ambos com 48,7%) e Alagoas (48,8%). O nível de ocupação é a proporção de pessoas ocupadas dentro da população com 14 anos ou mais de idade.


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