O Governador Ronaldo Caiado (UB) comentou nesta terça-feira (9) a situação do estado em relação ao novo Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Caiado destacou que conseguiu chegar, acima da expectativa, ao equilíbrio fiscal necessário.
Respondendo a críticas sobre déficit, Caiado citou que apenas para quitar a transferência do Regime de Recuperação Fiscal, do RRF, para o Propag, o estado pagou “mais 3 bilhões e 600 milhões de reais”.
A citação é uma resposta aos apontamentos do Tribunal de Contas de Goiás repercutidos pelos meios de comunicação informando que o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) do 4º bimestre de 2025, mostrou que o Estado fechou o período com déficit primário de R$ 2,46 bilhões e déficit nominal de R$ 2,23 bilhões.
Economia foi de R$ 15 bi em cinco anos, afirma Ronaldo Caiado
“Durante cinco anos nós fomos muito rígidos. E nós tivemos uma poupança que nunca se viu e nunca se imaginou. Uma poupança que chegou a 15 bilhões de reais”, disse governador em discurso durante café da manhã com jornalistas na manhã desta terça.
Ele seguiu insistindo que a situação das contas é positiva. “Nós construímos algo em termos de equilíbrio fiscal que nunca se sonhou e nunca se imaginou que o Estado pudesse, agora com as suas próprias pernas, caminhar. Tanto é a realidade, que se eu não tivesse essa condição fiscal do Estado, hoje, com o que o governo federal está me retaliando e não repassando na Saúde, em outros governos teria que fechar hospital”, declarou Ronaldo Caiado, repetindo que vê retaliação nos repasses devidos para a Saúde, o que tem sido negado pela União.
“O Propag dá a você mais liberdade para estipular o seu teto de gasto e, ao mesmo tempo, ele faz com que a dívida, nos próximos 30 anos, seja corrigida por IPCA e zero de juros”, fez questão de citar. “Quando eu recebi Goiás, eu pagava uma dívida de Selic mais 4% ao ano”, afirmou ainda.
Governador cita que está cumprindo os prazos
Ronaldo Caiado observou que independente das dificuldades impostas pelo atual cenário econômico nacional e internacional e, especialmente, envolvendo a situação em que recebeu as contas estaduais, já consegue manter todos os pratos estabelecidos no Propag e economizou.
Sobre o contexto em que recebeu o governo, reiterou: “Eu tinha 4.600 fornecedores sem receber, eu tinha uma dívida sem as parcelas serem pagas, com SELIC mais quatro, eu tinha uma situação de salários atrasados, tinha uma paralisia completa em obras de infraestrutura, saúde, educação, de rodovias, tudo mais”, listou.
Citando o resultado de sua gestão, Caiado apontou que só na área rodoviária, investiu 3 bilhões e 600 milhões de reais. “Neste ano de 2025, nós fizemos uma avalanche de obras e de empenhos e pagamentos para que nós pudéssemos também devolver para o povo goiano aquilo que era a poupança do Estado. Então, é lógico que este ano e o ano que vem, vai apresentar entre aquilo que é arrecadado que gasta, vai apresentar mais, é lógico”, detalhou, também em entrevista nesta terça.
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