A Justiça acatou o pedido de habeas corpus e revogou as medidas contra a médica presa por Humberto Teófilo, no final do mês de maio. Bianca Borges Butterby deveria ficar em casa das 20h às 6h.
Bianca foi presa no último dia 20 de maio, por exercício ilegal da profissão, propaganda enganosa e falsificação de medicamentos. Ela foi solta após cinco dias no cárcere.
Ao Diário de Goiás, o advogado Darô Fernandes, que lidera a banca responsável pela defesa da médica, afirmou que, agora, a médica aguarda a conclusão dos inquéritos por propaganda enganosa e falsificação de medicamentos.
Além de Darô, a médica também é representada pelo escritório Éboli Consultare Advocacia, que trabalharam em conjunto pela reversão das medidas.
Segundo Darô Fernandes, o delegado titular da Central de Flagrantes de Goiânia, Humberto Teófilo, efetuou a prisão com o intuito de autopromoção, provocando o linchamento virtual da médica.
“A gente entende que são motivos midiáticos, de autopromoção, utilizando-se do cargo para fazer esse linchamento digital de uma pessoa que trabalha diariamente para sobreviver.”
Medidas contra Humberto Teófilo
Apesar de ter sido colocada em liberdade, Bianca ainda é investigada por propaganda enganosa e falsificação de medicamentos.
Darô Fernandes afirmou que pretende tomar medidas contra Humberto Teófilo após o término dos inquéritos.
“O Ministério Público viu que ainda não tem provas e pediu diligências no inquérito. Após acabar tudo isso, nós vamos entrar com uma ação contra o Estado e contra o delegado.”
Histórico controverso de Humberto Teófilo
Essa não é a primeira vez que Humberto Teófilo entra em polêmicas por conta da atuação à frente da Central de Flagrantes da capital.
No início do mês de junho, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) se manifestou de maneira contrária à prisão dos advogados Boadyr Veloso, Heylla Rose Veloso e Taynara Arruda, aprovando notas de desagravo público em favor dos profissionais.
Segundo os advogados, a atuação de Teófilo afrontou o livre exercício da advocacia, desrespeitando as garantias previstas pelo Estatuto da Advocacia, violando, reiteradas vezes, as prerrogativas profissionais.
No caso de Boadyr e Heylla, eles alegam que houve prisão arbitrária, sem fundamento legal. Segundo a dupla, eles foram presos em um contexto em que exerciam a defesa dos clientes.
A advogada Taynara Trindade afirma que foi exposta de forma vexatória enquanto exercia a profissão. Presa, identificou-se como advogada e tentou atuar na própria defesa, mas teve o direito negado.
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