O rendimento real mensal domiciliar per capita em Goiás alcançou, em 2024, o maior patamar desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), iniciada em 2012. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pelo Instituto Mauro Borges de Pesquisa e Estatística (IMB), o rendimento chegou a R$ 2.059, representando um crescimento de 20,4% em relação a 2018, quase oito pontos percentuais acima da taxa de crescimento registrada nacionalmente.
Pelo segundo ano consecutivo, Goiás ficou acima da média brasileira nesse indicador, reforçando a tendência de valorização da renda no Estado. O crescimento está relacionado, segundo o governo estadual, ao conjunto de políticas públicas voltadas para o fortalecimento do mercado de trabalho e a redução das desigualdades sociais.
“O Estado manteve sua posição de destaque no cenário nacional, reforçando o impacto das políticas públicas voltadas para a valorização do trabalho, geração de renda e redução das desigualdades sociais”, avaliou o titular da Secretaria-Geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.
Além do rendimento per capita, outros indicadores também bateram recorde. O rendimento médio de todas as fontes em Goiás atingiu R$ 3.118, maior valor já registrado no estado, com aumento de 13,4% em comparação a 2018. No ranking nacional, esse desempenho representa o quarto maior crescimento entre as unidades federativas.
Outro dado expressivo é o volume total de rendimentos mensais nos domicílios goianos: R$ 15,4 bilhões em 2024. O valor supera em mais de R$ 3 bilhões o registrado em 2018, um salto de 30% em seis anos. A renda média recebida por pessoas ocupadas no estado também avançou. Em 2024, esse valor chegou a R$ 3.196, representando crescimento de 12,6% frente a 2018, o quinto maior aumento do país no período.
O levantamento ainda aponta um fortalecimento da contribuição do trabalho na composição da renda dos goianos. Em 2024, 80,4% da renda domiciliar per capita veio do trabalho, acima da média nacional (74,9%) e da média regional do Centro-Oeste (79,4%). A alta de 2,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior posiciona Goiás entre os cinco estados com maior crescimento nesse quesito.
Os dados consideram os rendimentos brutos de trabalho e de outras fontes, como aposentadorias, pensões e programas sociais, efetivamente recebidos pelos moradores no mês de referência da pesquisa. A PNAD Contínua é compilada trimestralmente pelo IBGE e validada pelo IMB com base nas primeiras visitas realizadas aos domicílios ao longo do ano.
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