09 de dezembro de 2024
ELEIÇÃO NA AGM • atualizado em 04/11/2024 às 17:28

Reeleito em Itauçu e atual vice-presidente da AGM, Cleiton Melo se movimenta para disputar presidência

Após encontro com outros candidatos nesta segunda, Melo afirma que disputa será decidida no voto, mas o vencedor levará os demais para a próxima diretoria da AGM
Prefeito de Itauçu, Cleiton Melo está na disputa pela presidência da AGM -Foto: reprodução / redes sociais
Prefeito de Itauçu, Cleiton Melo está na disputa pela presidência da AGM -Foto: reprodução / redes sociais

O almoço desta segunda-feira (4) para o prefeito Cleiton Melo, reeleito em Itauçu, teve sabor de disputa pela presidência da Associação Goiana dos Municípios (AGM) que representa as 246 cidades goianas. Atual vice-presidente da AGM, Cleiton Melo é um dos que buscam agora ser eleito para comandar a instituição nos próximos quatro anos. E o almoço de segunda foi com dois concorrentes, todos três do União Brasil (UB), para definir um acordo e uma disputa amigável até a eleição em fevereiro de 2025.

“Tivemos um almoço com o candidato Marden Júnior [de Trindade] e o Paulinho do Barreirão, de Anicuns”, contou ele ao Diário de Goiás. “Discutimos que vamos fazer campanha, mas todos com um projeto de fortalecer a AGM, de maneira que nós vamos caminhar junto por uma associação forte em prol do municipalismo”, continuou. Segundo ele, não pode ir ao almoço o prefeito de Hidrolândia, Zé Délio, também do UB e igualmente na disputa.

Conforme Melo, ficou acertado que cada um dos candidatos a presidente da AGM pelo UB vai fazer sua campanha e a decisão virá da escolha dos prefeitos, sem acordos para desistência. Os outros dois vão participar da próxima diretoria. “Vai ser voto a voto. Quem tiver o maior número de assinaturas em prol [de si], deve ser o presidente, o outro deve ser vice, tesoureiro, membro, fazer parte da chapa”, explicou.

O peso de Caiado

Perguntado sobre se o peso da preferência do governador Ronaldo Caiado, principal nome do partido em Goiás, será um diferencial, ele disse que sim, mas que a orientação é para que os interessados se sobressaiam. “O governador hoje comanda 199 cidades no nosso Estado de Goiás, ele é importantíssimo nesse processo. Ele deixou claro que não iria interferir, mas com certeza é importantíssimo nesse processo”, acrescentou o prefeito de Itauçu. 

Conforme ele, a orientação de Caiado foi: “‘Vá a campo, aglutine. Quem tiver a maior facilidade de aglutinação e tiver mais composição será meu presidente e terá minha benção’. Esse é o acordo que foi fechado entre todos. Inclusive, até mesmo com o Zé Délio, que não estava nessa reunião, que foi convidado, mas não participou”, reforçou.

Expectativa de apoio do atual presidente da AGM, Carlão da Fox

Cleiton Melo disse que espera o apoio do atual presidente da AGM, Carlão da Fox, de Goianira, para ser eleito. “O aval do Carlão será muito importante para esse processo. Eu acredito que ele deve caminhar comigo, sim, mesmo porque nós fomos parceiros nesses quatro anos e eu ajudei muito ele na administração desse processo”, observou. 

Propostas

Com base nos quatro anos em que esteve na atual diretoria da AGM, Cleiton Melo disse que, se for eleito, pretende focar sua gestão em mais recursos para o transporte escolar; acompanhamento maior dos repasses financeiros do Estado para os municípios nas áreas de assistência social, educação e saúde.

“Além disso, temos a briga junto ao governo federal para manter o nosso repasse do Fundo de Participação dos Municípios, a lisura e a transparência na transferência dos recursos, principalmente vindos da União, que nós nunca sabemos o que realmente foi arrecadou e qual é o valor que vai ser transferido. São defesas municipalistas, pautas que nós temos que defender”, apresentou ele.

No caso do transporte escolar, especificamente, ele disse que as cidades buscam rediscutir a forma e o montante de recursos repassados nos casos em que as prefeituras fazem o transporte de alunos estaduais, especialmente dos colégios militares. “A maioria das prefeituras paga por quatro transportes [ou seja], por quatro viagens diárias e o governo só repassa uma”, de acordo com ele. 

“Em um município igual o meu, para se ter uma ideia, a diferença é de quase R$ 50 mil mensais. Por ano, R$ 600 mil. Dá uma bela obra na nossa cidade, da qual nós despendemos com recursos para o transporte escolar, que deveria ser função do Estado e não nossa”, pontuou ao final.


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