Bloco do Seu Vagem 2020. Foto: Alan Moreira - Arquivo DG
Embora seja grande a expectativa para o Carnaval de rua em Goiânia, o cenário é de indefinição para tal realização. Isso porque, nos últimos dias, há ascensão com relação a infecções causadas por vírus da influenza, dengue e covid-19.
De acordo com a secretária de Direitos Humanos, responsável pela articulação do evento, Dra. Cristina, a realização do Carnaval de rua na capital goiana vai depender dos registros apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nos próximos dias.
“Ainda é uma coisa muito nebulosa. Nós estamos com um surto muito sério, não só de Covid-19, com essa nova variante, mas também da gripe e dengue. E os sintomas esse ano vieram mais graves e pesados”, alegou, em entrevista ao Diário de Goiás na manhã desta quinta-feira (6).
A titular da Secretaria de Direitos Humanos destacou que a manifestação de casos, reflexo do réveillon, já começou. “Há muitos casos aparecendo e há uma preocupação muito séria do que a comunidade científica internacional está projetando com relação a novas variantes”, frisou.
Outra preocupação apresentada se dá com relação à infecção de pessoas já imunizadas, visto que estas apresentam sintomas leves, mas podem transmitir o vírus para quem ainda não foi vacinado. “As pessoas estão sendo contaminadas e que foram vacinadas, têm uma recuperação melhor e menos sintomas, o que é bom, mas também engana muito, pois a pessoa não tem sintomas, mas transmite a doença”.
Titular da Secretaria de Cultura de Goiânia, Zander Fábio ressalta ser necessária a apresentação de uma melhora significativa dos quadros para, então, ser feita a definição com relação ao Carnaval na capital. “Nós estamos discutindo, começando a analisar os projetos agora”, disse. “A princípio, estamos trabalhando com a hipótese de que tenha o Carnaval, mas vai depender dos quadros apresentados no fim do mês de janeiro e início de fevereiro”, pontuou.
Blocos
Um dos artistas que participa da organização dos bloquinhos de Carnaval em Goiânia, Xexéu afirma que haverá uma reunião na noite desta quinta-feira (6), para debater a respeito do tema. Entretanto, destaca que sua posição é para que o evento não aconteça. “Em respeito a todas as perdas que tivemos e ainda temos nesta pandemia”, justifica.
“Quero crer que a sensatez fará com que o Poder Público entenda que é preferível que não se faça nada, ao menos, na rua. A parte interna, claro, vai caber a cada um, dentro daquilo que as autoridades permitirem”, acrescenta o artista.
A resposta oficial do tradicional Carnaval dos Amigos está prevista para a próxima sexta-feira (7), após realização de reunião. O evento seria no dia 16 de fevereiro, com uma média de 10 a 12 blocos.
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