13 de outubro de 2024
Entrevista

Professor Pantaleão defende gestão socialista e apresenta propostas curiosas para Goiânia

Dentre os projetos apresentados, estão: a criação do salário mínimo goianiense, lavanderias comunitárias e replantio de árvores frutíferas em praças e parques da capital
Foto: Altair Tavares
Foto: Altair Tavares

A sabatina da Rádio Bandeirantes, realizada em parceria com o Diário de Goiás, recebeu, nesta quinta-feira (12), o candidato à Prefeitura Professor Pantaleão (UP). Vestido com a camisa do Goiânia, o historiador e ativista defendeu, ao editor-chefe deste veículo, o jornalista Altair Tavares, e aos apresentadores Fred Silveira e Larissa Dourado, uma gestão socialista para a capital e discorreu sobre as propostas curiosas constantes em seu plano de governo.

Dentre elas, estão: a criação de uma empresa municipal de táxi, com aplicativo de mobilidade sem fins lucrativos; mutirões remunerados para obras públicas, onde, ao invés de contratar grandes empreiteiras, trabalhadores dos próprios bairros são mobilizados para realizar obras de infraestrutura; hortas comunitárias em escolas; desestatização de estátuas e renomeação de ruas, para a remoção de homenagens a figuras ligadas ao racismo e ao fascismo e substituição por nomes de defensores do povo.

E, ainda: o Salário Mínimo Goianiense, 100% maior que o salário mínimo nacional; a Criação de uma “Casa de Apoio à População LGBTIA+”; a implementação de empresa pública de transporte com tarifa zero aos finais de semana; lavanderias comunitárias; replantio de árvores frutíferas em praças e parques, para que as pessoas possam se beneficiar diretamente da colheita; e a criação de cotas para pessoas trans nos concursos públicos.

“Quem que não ousa, não vence. Quem não estabelece uma relação, você não tem como discutir. Então, a ideia central é discutir a questão do socialismo”, frisou o candidato, durante a entrevista. “Tudo é possível. É possível tirar as pessoas do acampamento, da moradia, da criatividade. É possível a lavanderia comunitária”, pontuou o historiador, com a afirmativa de que Goiânia precisa “de uma ação política”.

Questionado sobre a maior dificuldade para gerir Goiânia, Pantaleão apontou as áreas da saúde, limpeza urbana, educação e transporte público coletivo. “O transporte transformou-se. Por quê? Porque foram chegando pessoas e os planos diretores, muito grande plano foi o de 2017, que seria depois de 10 anos sendo refeito, mas nunca foi refeito”, disse.

“A Comurg, que é uma outra aberração da questão, não só da limpeza, porque a Comurg foi criada em 1974, foi, na verdade, comercializada em 1979, e ela, como uma economia mista, inclusive, é um detalhe curioso. O que que se tem na Comurg que não está dando certo?”, ponderou.

Após apontar os pontos que necessitam de mudança na capital, Pantaleão foi questionado sobre o desafio da realização de campanhas sem recursos financeiros, sem horário de propaganda eleitoral, dentre outras limitações. O candidato frisou estar dialogando com a população de um modo geral, mostrando que tudo é possível dentro da dignidade e da ação política.

“Quem não sonha, não vive. Quem não vive, não sonha. Então, nós vamos continuar conversando, batendo papo, mostrando as propostas, trocando ideias, mas nunca vamos negociar. Não vamos fazer fogo de ninguém. O nosso fogo é mostrar para a população que a Unidade Popular pelo Socialismo vem para fazer um debate”, destacou Pantaleão.


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