A Delegacia de Polícia de Bom Jesus de Goiás aprensenta hoje (6), às 9h, na Delegacia Regional de Itumbiara, o resultado das investigações da chacina na Fazenda Rio dos Bois, zona rural do município de Porteirão. O crime ocorreu no dia 25 de abril de 2014 e Eudite Maria da Silva Martins (45 anos), Wallison Martins Santos (16 anos) e José Silva Oliveira (54 anos) foram mortos por disparos de arma de fogo, e a única sobrevivente foi uma criança de apenas 5 meses, encontrada entre os corpos.
Segundo o delegado de Bom Jesus, Daniel Gustavo, com a conclusão das investigações, foram presos, por ordem judicial, dois suspeitos. Eles confessaram o crime, dizendo que foram até a fazenda com o intuito de roubar o gado. Na época, os homens moravam no município de Castelândia (GO), e se dirigiram para o local de moto.
Os homens chegaram à sede da fazenda por volta das 6h, e enquanto o suspeito ficou escondido próximo à casa, o outro conversava com a vítima para distraí-lo. Com a desculpa de que o carro tinha atolado e pedia ajuda, o meliante tentou entrar na casa, mas foi visto por Eudite, que entrou e trancou a porta. Para destrancá-la, ele usou uma faca para quebrar a janela de vidro que ficava ao lado, rendendo a mulher, o filho dela e a neta de 5 meses.
Segundo o suspeito, ao entrar na casa, Eudite teria dito “eu já sei o que vocês querem” e mostrou a ele onde estava uma espingarda calinbre .20 e munições. De posse da arma, ele rendeu a mãe e o filho e saiu da casa, indo ao encontro de um deles e rendendo também José.
Enquanto as vítimas estavam dentro da casa, sob a custódia de um deles, o outro se comunicava com o futuro receptador do gado para que buscasse os animais que só assim poderiam ser recolhidos no pasto da propriedade, que pertence a um grande empresário de São Paulo (SP).
Contudo, conforme o relato do suspeito, o receptador não pode ir até a fazenda naquele momento e teria dito que não ficaria com o gado, situação que inviabilizaria a consumação do roubo. Com isso, ele tentou encontrar outros compradores para os animais, mas não achou ninguém.
Apesar de não poderem levar o gado, eles resolveram matar José Silva, Eudite e Wallison, para não deixar testemunhas do roubo. Após os assassinatos, os criminosos foram esconderam a arma em um matagal próximo à BR 452.
Os acusados foram presos e a arma que foi pega na fazenda no dia do crime e usada para matar as vítimas foi apreendida. Os mandados de prisão temporárias foram cumpridos e agora a Polícia Civil representará pela conversão em Prisão Preventiva. Os homens responderão por latrocínio e se condenados podem receber pena mínima de 60 anos cada um.
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