09 de fevereiro de 2025
LICENÇAS POLÊMICAS

Presidente do Sintego pede audiência para rebater informações sobre licenças médicas de professores

Bia de Lima, que também é deputada estadual pelo PT, questiona as falas que apontam suspeita sobre os servidores de licença e diz que a responsabilidade era dos gestores passados
Presidente do Sintego diz que agendou reunião para reclamar das falas sobre licenças e atestados- Foto divulgação
Presidente do Sintego diz que agendou reunião para reclamar das falas sobre licenças e atestados- Foto divulgação

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, que também é deputada estadual pelo PT, tem uma audiência agendada na segunda-feira (20) com a secretária municipal de Educação de Goiânia, Giselle Campos Faria, tendo como principal ponto a questão dos atestados e licenças médicas dos professores e administrativos da área. A representante da categoria não se conforma com o tom das críticas, afirmando que houve falha durante a gestão passada.

Além da questão das licenças, Bia disse que também espera abordar o pagamento do piso da categoria, o chamamento dos concursados, plano de carreira para os servidores administrativos da Educação, a reestruturação das vagas para Cmeis e o fechamento de turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) na rede municipal de Goiânia, com a transferência da responsabilidade para o Estado de Goiás.

Ela disse que também pediu audiência com o prefeito Sandro Mabel (UB), mas que entende que ele está assoberbado com muitas demandas mais urgentes, e está no aguardo de um espaço na agenda.

Sobre a questão das licenças e atestados médicos, a deputada e presidente do Sintego reclamou que foram feitas muitas considerações sobre os professores “sem falar com a categoria”. Para ela, essas considerações colocam “nas costas do servidor público a responsabilidade pela má gestão, mas ele não faz a gestão”, pontua.

Ela prossegue dizendo que “caberia à gestão ter o acompanhamento correto até para dar a devolutiva para o servidor sobre sua situação. Por uma má gestão anterior não se pode por [a culpa] nos ombros dos servidores, sejam professores ou outros servidores”.

Deputada diz que gestão anterior não teve interesse em acompanhar atestados e licenças

Bia de Lima afirma que foi, em diferentes oportunidades, até a Secretaria Municipal de Educação (SME) durante a gestão anterior, e falou sobre excesso de atestados com eles, “sempre explicando que [o controle] não cabia ao sindicato, e sim à gestão, ao prefeito, aos secretários, à Junta Médica. Mas nunca houve interesse verdadeiro por dentro da estrutura de fazer o acompanhamento para ver se os atestados tinham validade ou não”, reclama ela.  

Até agora, informa ela, não chegaram reclamações de professores até o Sintego a respeito da auditoria determinada pelo prefeito Mabel ou quanto ao tratamento dispensado aos licenciados.

“Gestores eram os responsáveis por licenças médicas, não os Barnabés”, afirma Bia de Lima

O que incomoda, afirma Bia, é o que considera uma “generalização nas falas” do prefeito e também internas. “São falas genéricas, sem comprovação. Primeiro falaram de 26 mil servidores de licença, quando a gestão passada falava em 2 mil, agora falam em 6, 8 mil. Usam como subterfúgio para justificar o injustificável. Tem que culpabilizar os gestores passados, não os barnabés, os servidores que seguraram o tranco quando o prefeito [Rogério Cruz] abandonou a cidade”, alfineta.

Esta semana o prefeito reforçou a necessidade de uma apuração sobre os casos de atestados médicos e licenças por doença suspeitos e disse que cerca de mil servidores já teriam voltado aos postos após o levantamento iniciar.

Segundo ele, a investigação sobre os servidores públicos afastados e sob suspeita de fraude já demandou vários processos e eles vão continuar. Mabel citou inclusive profissionais da área da Psicologia.

Questionado pelo Diário de Goiás se os que retornaram eram todos servidores da Educação, o prefeito informou que não: “Tem de todo lugar [todos os órgãos da prefeitura de Goiânia]”.


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