23 de março de 2025
Reivindicações • atualizado em 18/02/2025 às 10:48

Presidente do Simego se reúne com Ipasgo para discutir demandas da categoria médica

Apesar do diálogo, os médicos decidiram manter a paralisação dos atendimentos eletivos por 48 horas, a partir das 7h desta terça-feira (18)
No encontro, o Simego apresentou uma série de reivindicações, incluindo a atualização da tabela CBHPM. Foto: Reprodução.
No encontro, o Simego apresentou uma série de reivindicações, incluindo a atualização da tabela CBHPM. Foto: Reprodução.

A reunião entre a presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), Franscine Leão, e o presidente do Ipasgo Saúde, Vinicius Luz, realizada nesta segunda-feira (17), não resultou em avanços nas negociações. Apesar do diálogo, os médicos decidiram manter a paralisação dos atendimentos eletivos por 48 horas, a partir das 7h desta terça-feira (18), ampliando a crise entre a categoria e a administração do plano de saúde estadual.

No encontro, o Simego apresentou uma série de reivindicações, incluindo a atualização da tabela CBHPM, definição de data fixa para pagamento, unificação dos honorários de consultas e procedimentos, além da disponibilização de demonstrativos analíticos e reajuste das consultas médicas. O assessor jurídico do sindicato, Marun Kabalan, também participou da reunião. “O Simego segue atuando de forma firme e constante na defesa dos direitos dos médicos e na valorização da profissão”, destacou a entidade.

Sem resposta satisfatória do Ipasgo Saúde, a categoria manteve a decisão da paralisação, aprovada em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 10 de fevereiro. O sindicato justifica o movimento como uma advertência à administração do plano de saúde, apontando falta de reajustes adequados e pendências financeiras.

Entenda o caso

O Ipasgo Saúde reagiu duramente à decisão dos médicos, classificando a paralisação como “injustificada e unilateral”. Em último comunicado oficial, a instituição afirmou que a suspensão dos atendimentos fere as regras contratuais e pode levar ao descredenciamento dos profissionais que aderirem ao movimento. O instituto também anunciou o credenciamento imediato de novos médicos para minimizar os impactos aos beneficiários.

Além disso, a administração do plano de saúde nega qualquer atraso nos pagamentos e afirma que já repassou quase R$ 1 bilhão à rede credenciada desde setembro de 2024. “Apenas nos dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro de 2025, foram pagos R$ 18,2 milhões”, afirmou o Ipasgo em nota.

A paralisação dos atendimentos eletivos deve impactar milhares de beneficiários do plano em todo o Estado. O impasse entre as partes segue sem previsão de resolução definitiva, enquanto os usuários do sistema aguardam por uma solução para o conflito.


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