Terminou o prazo dado pela Prefeitura de Goiânia para que os camelôs desocupem os espaços de calçadas e acessos a galerias na Avenida 44, maior centro de compras de confecções de Goiás. A determinação é para que a partir desta segunda-feira (31) a Secretaria Municipal de Eficiência intensifique a fiscalização para garantir a desocupação das calçadas e vias no entorno das galerias comerciais a partir desta segunda.
Na sexta-feira (28) o prefeito Sandro Mabel (UB) reforçou que se trata de realocação e cedeu em permitir que os vendedores ambulantes da avenida sejam integrados aos demais que já atuam na Feira Hippie. Antes, a determinação principal era para que eles fossem para o interior das lojas, pagando valores diferenciados pelo aluguel e condomínio, mas há resistência dos trabalhadores informais. Eles apontam inviabilidade financeira.
Foi após reunião com uma comissão de vereadores na tarde de sexta-feira (28), que a prefeitura estabeleceu que os ambulantes poderão escolher entre duas opções.
Prefeito argumenta necessidade de organizar e legalizar
No início do mês, Mabel determinou que o prazo para a saída dos vendedores ambulantes, que atualmente trabalham nas calçadas e ruas da Avenida 44, terminaria no domingo (30). Mabel havia enfatizado que não se tratava de uma retirada pura e simples dos vendedores.
“Vamos realocar, dar condição, dar espaço na Feira Hippie, em outras feiras também. Agora, na rua, onde querem ficar, sem pagar nota fiscal, sem pagar imposto, na frente das lojas, aquela bagunça, [onde] o consumidor não consegue andar, isso acabou. Quem quiser trabalhar vai ter um lugar, uma condição boa, sem pagar aluguel no começo e tudo mais. Bagunça não adianta”, reforçou o prefeito durante coletiva no último dia 13 de março.
Na sexta o prefeito confirmou que, a partir dessa semana, os ambulantes começarão a se organizar para aderir a uma das alternativas apresentadas.
Datas mantidas
Mabel não fala em adiar a fiscalização em relação aos camelôs da Avenida 44. “Não estamos retirando os ambulantes, mas oferecendo alternativas como a Feira Hippie e espaços dentro das lojas. O que não pode continuar é a ocupação desordenada das ruas, prejudicando lojistas regularizados e dificultando a mobilidade dos consumidores”, afirmou.
Os ambulantes não possuem uma associação que represente a categoria. Em manifestações recentes na Câmara, eles não demonstraram concordância com a proposta da prefeitura. Ao contrário, pediram mais prazo e outras alternativas.
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