14 de julho de 2025
Medidas • atualizado em 05/07/2025 às 11:11

Em 30 dias, Prefeitura recebeu 25 inscrições de OSSs para gestão de maternidades municipais

A Prefeitura de Goiânia prevê contratação de uma OSS para cada maternidade municipal da capital, em substituição à Fundahc, que de acordo com Mabel "não está dando conta do recado"
Cada OSS deverá ficar responsável por uma maternidade. Foto: Reprodução
Cada OSS deverá ficar responsável por uma maternidade. Foto: Reprodução

A Prefeitura de Goiânia pretende contratar Organizações Sociais da Saúde (OSSs) para administrarem as maternidades municipais da cidade, até então, sob gestão da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc). Ao Diário de Goiás, o Secretário Municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, confirmou que o chamamento público foi aberto há cerca de 30 dias e já possui 25 OSSs inscritas.

Segundo ele, a medida busca uma solução para o problema enfrentado pela gestora, que está tendo dificuldades com o orçamento e repasse aos fornecedores e anunciou suspensão de parte dos atendimentos nas maternidades Nascer Cidadão, Célia Câmara e Dona Iris a partir da próxima segunda-feira (7), por falta de insumos.

Ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, o Prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, detalhou como será feita essa reorganização com as OSSs. “Apesar de nós estarmos repassando estritamente em dia o dinheiro, eles (Fundahc) não conseguem fazer uma gestão com o dinheiro que qualquer outra OS consegue fazer. Então nós devemos dar uma maternidade para cada organização dessa, para a gente ver as que conseguem pôr para andar e as que não conseguem”, afirmou Mabel.

O prefeito ainda complementou que os próximos passos incluem a seleção, entrevista e aprofundamento sobre cada organização inscrita. De acordo com ele, entre as propostas recebidas estão orçamentos abaixo do realizado pela Fundahc. “A Fundahc recebia R$ 20 milhões por mês, mais R$ 4 milhões de funcionários nossos que tem lá dentro. São R$24 milhões. Não pode ser feito desse jeito. Nós fizemos os custos, para o serviço prestado pode ser no máximo R$12 milhões, que é o que nós vamos pagar. Falam que é pouco? Não, porque nós já vimos propostas de outras que não passam de R$11 milhões”.

Mabel destacou que a Prefeitura cumpre fielmente com os repasses e que os problemas enfrentados nas maternidades se devem a “má gestão” da Fundahc. “A Fundahc precisa mudar a gestão. Eles gastam demais, mau gasto. Então, não conseguem fazer mesmo”, salientou o prefeito.


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