Pesquisa de preços de medicamentos realizada pelo Procon Goiás entre os dias de 2 e 16 de abril, em 17 drogarias em diferentes regiões de Goiânia, aponta que os preços dos medicamentos genéricos podem sofrer variação de até 600% um estabelecimento para outro. Nos estabelecimentos pesquisados foram coletados e comparados os preços de 66 tipos de medicamentos, sendo a metade formada por medicamentos de referência e a outra metade pelos genéricos, obedecendo à mesma apresentação, denominação e laboratórios (nos casos de medicamentos de referência).
A pesquisa do Procon mostra que, esde o dia 31 de março, os preços dos medicamentos sofreram reajuste, que varia de 2,09% a 2,84%. Esse é o percentual máximo permitido aos fabricantes definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). O levantamento considerou os preços praticados para o cliente comum, ou seja, independente da exigência de cadastro, seja pela própria rede ou por laboratórios. Vale lembrar que não foi considerada nenhuma condição especial como desconto para aposentados, empresas ou clientes de planos de saúde conveniados.
Devido a uma maior concorrência entre os diversos laboratórios, os medicamentos genéricos geralmente registram grandes variações. No levantamento realizado pelo Procon Goiás, a maior diferença entre o menor e maior preço chegou a 600,56%, encontrada no Cloridrato de Metoclopramida – gotas – 4 mg/ml – fraco c/ 10 ml. Os preços variaram entre R$ 1,79 e R$ 12,54.
Medicamentos de Referência variam até 302,96%
Esta foi a maior diferença relacionada aos medicamentos de referência, com o medicamento Aerolin (Sulfato de Salbutamol) – 2 mg/ 5ml – Xpe – 120 ml do laboratório Glaxosmithkline. Os preços variam de R$ 7,42 a 29,90.
Aumento médio nos preços dos medicamentos é de 28%
Se a maioria dos medicamentos tem seus preços controlados pelo governo e os reajustes são definidos anualmente, como explicar a oscilação apurada pelo órgão de até 28%? Essa é uma dúvida de muitos consumidores, principalmente daqueles que estão acostumados a comprar medicamentos de uso contínuo e que constataram aumentos bem acima dos definidos pelo governo. (Como ocorrido em 2017, o reajuste aplicado neste ano foi menor que a inflação registrada no período de abril de 2017 a março de 2018, segundo apuração feita pelo foi de 2,68%).
O Procon explica que essa diferença se dá porque os percentuais de reajustes autorizados pelo Governo são aplicados sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC) e não sobre o preço de venda praticado pelo estabelecimento.
Medicamentos genéricos podem representar economia de até 79%
A opção pelos medicamentos genéricos, desde que seja seguida a prescrição médica, pode representar economia de até 79,61%.É o caso do genérico “Amoxicilina” – 500 mg – 21 cápsulas, vendido em uma drogaria a R$ 13,15. Já o medicamento de referência “Amoxil” de mesma apresentação, no mesmo estabelecimento, custa R$ 64,50.
Orientações gerais
O Procon Goiás orienta que antes de uma criteriosa pesquisa de preços, é interessante que o consumidor consulte a lista de Preços Máximos ao Consumidor (PMC) dos medicamentos, disponível no portal da Anvisa. A consulta também pode ser realizada nas listas de preços que devem estar disponíveis ao consumidor nas unidades do comércio varejista, conforme determinação da Resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Até mesmo nas drogarias da mesma rede não há, necessariamente, uma única política de preços. Portanto, é importante que o consumidor faça pesquisa de preços, inclusive em drogarias da mesma rede.
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