O ato realizado na manhã deste domingo (16), na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, coordenado por Silas Malafaia, com a presença do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), em defesa da anistia aos condenados do 8 de janeiro de 2023, contou com a presença de cerca 18.300 pessoas.
Os dados são da Universidade de São Paulo (USP). A metodologia utilizada consiste em utilizar fotos aéreas de multidão, capturadas por drones. Em seguida, são aplicados algoritmos de inteligência artificial nas imagens.
Conforme matéria veiculada na Globo News, de acordo com o professor Pablo Ortellado, um dos responsáveis pelo método, afirma que o sistema traz estimativas mais precisas, com margem de erro de 12%. Segundo o G1, a estimativa da equipe do Monitor do Debate Político no Meio Digital refere-se ao público presente ao ato às 12h.
O número é referente à quase metade do público presente em manifestação realizada no mesmo local, pelo mesmo grupo político, em 2024, quando 32,7 mil pessoas compareceram. Já em 7 de setembro de 2022, um ato bolsonarista realizado também na praia de Copacabana reuniu 64,6 mil pessoas.
Discrepância
Sem comparecer ao evento, diferente dos anos anteriores, o deputado federal bolsonarista, Gustavo Gayer (PL), publicou um vídeo em suas redes sociais em que confronta os números divulgados pela imprensa, com base nos dados informados pela USP.
Em meio a polêmicas e sob ameaça de cassação, o parlamentar afirmou que os dados levantados pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) apontaram o número de 400 mil pessoas. “Não é nem 5% do que a Polícia Militar calculou”, frisou. Do estúdio de sua casa, Gayer expôs imagens do ato, gravadas de outros ângulos, questionando os números dos pesquisadores, com a afirmativa que a manifestação foi um sucesso.
Golpe de Estado
A manifestação acontece uma semana antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que pode tornar Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado.
Em discurso neste domingo, o ex-presidente afirmou porém que, por estar nos Estados Unidos na ocasião, não poderia ter participado da trama. Diante da afirmativa, enfatizou que não fugirá do Brasil para evitar uma eventual prisão ordenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“O que eles querem é uma condenação. Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim. Não vou sair do Brasil”, disse o ex-presidente, durante o ato. “Escolhi o lado mais difícil. O lado do meu povo brasileiro. Não tenho obsessão pelo poder. Eu tenho paixão pelo meu Brasil. Se algo, na covardia, acontecer comigo, continuem lutando”, discursou.
Bolsonaro, que é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado agravado pelo emprego de violência e deterioração de patrimônio tombado da União, admitiu a possibilidade de não participar da próxima eleição presidencial. “Estamos deixando muitas pessoas capazes de me substituir”.
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