Policiais civis de Goiás voltaram a protestar na tarde desta quinta-feira (3) pela reestruturação das carreiras. A manifestação ocorreu na porta do Complexo das Delegacias Especializadas, na Cidade Jardim. A União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci) apoia o movimento.
O Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol) aponta que a reestruturação colocaria os critérios de ascensão na carreira de forma mais clara e transparente. Desde o final do ano passado a categoria reclama.
O sindicato alega que negociou o assunto com o Governo por dois anos, “com avaliações de capacidade orçamentária, prazos para execução do acordo e mobilização de toda a categoria da PC”, mas os acordos não foram cumpridos.
A assessoria da PC informou nesta quinta que não comentaria a manifestação.
Cortejo fúnebre até o IML
Os policiais realizaram uma assembleia-geral que, segundo o Sinpol, reuniu mais de trezentos servidores.
Após as deliberações da assembleia, os manifestantes seguiram em um ato simbólico até a sede do Instituto Médico Legal (IML), próximo das Especializadas. Como em um cortejo fúnebre, eles carregaram cruzes e um caixão “representado o descaso do governo com as demandas dos policiais civis”.
O Sindicato reclama que o plano de reestruturação é esperado pelos trabalhadores da PC há mais de 8 anos. A expectativa era otimista, segundo explica o Sinpol, porque o governo autorizou a votação da proposta escolhida pelo Executivo para classe em outubro de 2024.
De acordo com o sindicato, a partir daquela data, entretanto, o governo condicionou o anúncio da aplicação do plano de reestruturação para depois das eleições municipais.
“Vencido o pleito eleitoral, sentindo-se pressionado a anunciar o acordo com os policiais civis, o governador Caiado resolveu chamar todas as outras forças de segurança e descartar a reestruturação acordada com os policiais civis, aplicando um aumento linear a todas as carreiras da SSP”, questiona o sindicato.
Pauta ampliada
A assembleia desta quinta ampliou a pauta dos policiais civis. Agora eles também reivindicam maior valor das ajudas de custos de diversas finalidades (AC1, AC2, AC3 e AC4). Conforme o sindicato essas ajudas estão defasadas e sem reajuste há mais de 8 anos.
O Sinpol enfatiza que a Polícia Civil de Goiás, “amarga a 16º pior remuneração no ranking das polícias civis do Brasil, contrapondo com as outras forças como PM e PP que gozam de um ranking de 2º e 1º lugar, respectivamente”.
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