A Polícia Federal (PF) prendeu em São Lourenço, interior de Minas Gerais, na quinta-feira (20), o designer Marcelo Fernandes Lima, condenador por furtar uma réplica da Constituição do Brasil dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Ele já tinha sido condenado a 17 anos de prisão pelo Supremo e era considerado foragido da Justiça.
Leia também: Golpistas planejaram bloquear refinarias e distribuidoras no dia seguinte ao 8/1, aponta PGR
O ministro Alexandre de Moraes expediu o mandado de prisão preventiva contra Lima em fevereiro, pouco depois da condenação. O ministro apontou “fundado receio de fuga do réu”. Moraes é o ministro responsável pelo processo no STF. Lima ainda pode recorrer da condenação, segundo informou o jornal O Globo nesta sexta-feira (21).
O que aconteceu
Imagens capturadas no dia dos ataques à Praça dos Três Poderes, mostram o designer bolsonarista enrolado a uma bandeira do Brasil e segurando a réplica da Constituição como se fosse um troféu. Dias depois, ele devolveu a réplica.
Pela participação nos atos de vandalismo e tentativa de golpe, Lima já tinha sido preso no fim de janeiro de 2023, mas foi solto em dezembro daquele ano, quando já era réu no STF.
Segundo o jornal, o advogado de Lima, David Soares Mendes, questiona a alegação de que havia um risco de fuga. “Nunca houve uma infração sequer às medidas cautelares. Que risco de fuga apresenta o senhor Marcelo? Nenhum”, argumentou.
Justificativa
Antes de ser condenado pelo furto da réplica da Constituição, em seu depoimento à PF, Marcelo Lima afirmou que sua intenção ao ir à Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023 foi dar um “abraço humano” nos prédios. Disse ainda que pegou o livro da Constituição para que ele “não fosse destruído”.
Leia mais sobre: Furto da Constituição do Brasil / Preso em Minas Gerais / Trama golpista / Direito e Justiça / Política