A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), deflagrou nesta sexta-feira (9) a Operação Peça Avulsa, com o objetivo de cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra um grupo criminoso investigado por receptação qualificada e falsidade ideológica.
As investigações apontaram que, em outubro de 2024, um galpão no Setor Mansões Paraíso, em Aparecida de Goiânia, era utilizado para armazenar peças automotivas sem qualquer controle ou identificação de origem. Durante as diligências no local, os policiais localizaram um componente veicular pertencente a um BYD Dolfin roubado no Estado do Rio de Janeiro.
De acordo com a PCGO, o imóvel foi alugado mediante uso de documentos falsos, incluindo identidade e comprovante de residência. Os responsáveis pela locação e pelo armazenamento das peças foram identificados e apontados também como responsáveis pelo componente de origem criminosa.
As investigações revelaram ainda que os suspeitos são donos de estabelecimentos comerciais no ramo de ferro-velho na região da Vila Canaã, em Goiânia, e possuem um histórico de envolvimento em crimes como adulteração de sinais identificadores, receptação, furto, roubo, estelionato e tráfico de drogas.
Um dos presos já era investigado pela DERFRVA por administrar outro galpão utilizado para o desmanche de veículos roubados de outros estados. Já o segundo suspeito foi autuado em flagrante após ser abordado em Cristalina, no momento em que conduzia um veículo furtado em Minas Gerais com destino a Goiás, o que, segundo a polícia, demonstra a atuação contínua do grupo no esquema criminoso.
De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha utilizava a tática de alugar galpões e imóveis em áreas afastadas para desmontar e ocultar peças de veículos roubados, dificultando a ação das forças de segurança.
No total, a operação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em estabelecimentos comerciais e residências, além de dois mandados de prisão preventiva. Um dos investigados já estava preso no presídio de Cristalina devido a uma prisão em flagrante anterior. As investigações continuam, e a Polícia Civil não descarta a identificação de outros envolvidos no esquema.
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