14 de maio de 2025
Investigação • atualizado em 23/04/2025 às 09:29

Polícia Civil deflagra 2ª fase da operação contra associação criminosa especializada em golpes virtuais

Ação cumpre 100 mandados em Goiás, Distrito Federal e Tocantins contra grupo responsável por aplicar golpes como novo número, falso boleto e sextorsão
Ao todo, estão sendo cumpridos 100 mandados judiciais de prisão temporária e de busca e apreensão. Foto: PCGO.
Ao todo, estão sendo cumpridos 100 mandados judiciais de prisão temporária e de busca e apreensão. Foto: PCGO.

A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nesta quarta-feira (23), a segunda fase da Operação “Rede Integrada”, que tem como alvo uma associação criminosa especializada na prática de diversos tipos de golpes virtuais. A ação é conduzida pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), por meio do Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes (GREF), e conta com o apoio das Polícias Civis do Distrito Federal e do Tocantins.

Ao todo, estão sendo cumpridos 100 mandados judiciais de prisão temporária e de busca e apreensão, sendo 96 em Goiás, dois no Tocantins e dois no Distrito Federal. O objetivo é desarticular a estrutura do grupo criminoso, que atua em diferentes modalidades de estelionato digital, como o golpe do novo número, falso intermediário, falso boleto, perfil falso e sextorsão (também conhecido como golpe do “nudes”).

Segundo as investigações, os criminosos se passavam por amigos, parentes, vendedores ou até mesmo figuras de autoridade para obter vantagens financeiras indevidas. O golpe do novo número, por exemplo, consiste em se passar por um conhecido da vítima por meio de um número diferente, geralmente via aplicativos de mensagens, pedindo transferências de dinheiro.

Já o golpe do falso boleto envolve o envio de boletos bancários adulterados, enquanto o falso intermediário é comum em vendas online, onde o golpista se coloca entre vendedor e comprador para receber o pagamento sem entregar o produto.

Outro golpe recorrente, o da sextorsão, envolve a criação de perfis falsos, geralmente com fotos sensuais, que atraem vítimas para conversas íntimas. Após o envio de imagens comprometedoras, os criminosos passam a chantagear as vítimas, exigindo pagamentos para não divulgar o conteúdo.

A operação de hoje é resultado de meses de investigação e cooperação entre as polícias civis dos três estados. A Polícia Civil de Goiás informou que os investigados poderão responder por crimes como estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e extorsão, com penas que podem ultrapassar 10 anos de prisão.


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