10 de dezembro de 2024
Investigação

Polícia Civil de Goiás cumpre 68 medidas judiciais em São Paulo contra crimes eletrônicos

As ações ocorreram no âmbito das operações Intermedius e Illusio que investigam crimes de fraude eletrônica, furto qualificado e lavagem de dinheiro
Crimes resultaram em um prejuízo financeiro aproximado de R$ 500 mil. Até o momento 12 prisões foram realizadas. (Foto: PCGO).
Crimes resultaram em um prejuízo financeiro aproximado de R$ 500 mil. Até o momento 12 prisões foram realizadas. (Foto: PCGO).

Na manhã desta terça-feira (12), a Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos, com apoio da Polícia Civil de São Paulo, cumpriu 68 decisões judiciais, sendo 34 mandados de prisão e 34 mandados de busca e apreensão. As ações ocorreram no âmbito das operações Intermedius e Illusio que investigam crimes de fraude eletrônica, furto qualificado, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A operação Illusio investiga um esquema de fraude eletrônica, furto qualificado, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As vítimas foram induzidas a realizar transferências financeiras sob o pretexto de “segurança de conta” após golpistas usarem técnicas criminosas avançadas de engenharia social. As operações fraudulentas, que ocorreram entre os dias 10 e 16 de novembro de 2022, resultaram em transferências que totalizaram um prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil.

A Operação Intermedius tem como alvo uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas, popularmente conhecidas como “golpe das missões”. Esse esquema atrai vítimas por meio de uma abordagem aparentemente acessível, oferecendo promessas de dinheiro fácil e rápido, além de pequenos pagamentos iniciais para conquistar a confiança dos alvos. As “missões” atribuídas às vítimas são diversas e, em geral, estão relacionadas ao marketing digital.

Para dificultar as investigações e o rastreamento do fluxo de dinheiro ilícito, os envolvidos abriram múltiplas contas bancárias em diferentes instituições, dispersando os valores. Muitos dos investigados possuíam empresas de fachada, registradas como inativas ou sem atividade econômica real, utilizadas como uma “cobertura” para mascarar a origem dos fundos e facilitar as transferências sem levantar suspeitas.

Uma das empresas envolvidas, registrada em nome dos líderes do esquema, atuava como intermediária nas transações financeiras ilegais e teve um aumento expressivo em seu capital social, alcançando R$ 6 milhões. Além disso, essa empresa mantém outras quatro subsidiárias no exterior. No site “Reclame Aqui”, ela acumula 6.947 reclamações, a maioria delas relacionada a depósitos em plataformas de jogos online, revelando a extensão do “golpe das missões”.

Ao todo, as duas operações investigam indivíduos que, através dos crimes acima expostos, resultaram em um prejuízo financeiro aproximado de R$ 500 mil. Até o momento 12 prisões foram realizadas.


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