14 de maio de 2025
Operação Bogus • atualizado em 24/04/2025 às 18:34

PCGO prende 15 pessoas por suspeita de aplicarem o chamado golpe do intermediário

As investigações apontaram que o grupo, que atuava em Goiás e no Mato Grosso, era especializado em estelionato por meio de aplicativo de vendas na internet
O gripe criminoso é suspeito de aplicar o golpe do intermediário, se passando por falsos corretores de imóveis com anúncios falsos. Foto: PCGO
O gripe criminoso é suspeito de aplicar o golpe do intermediário, se passando por falsos corretores de imóveis com anúncios falsos. Foto: PCGO

Por meio da Operação Bogus, deflagrada nesta quinta-feira (24), a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), com apoio da Polícia Civil do Mato Grosso, prendeu 15 pessoas pela aplicação do chamado golpe do intermediário. A ação foi realizada em Goiânia, Cuiabá (MT) e Várzea Grande (MT).

As investigações apontaram que o grupo criminoso era especializado em estelionato praticado por meio de aplicativo de vendas pela internet. O golpe era aplicado principalmente em negociações de bens anunciados nas plataformas, entre eles imóveis.

O início da ação foi motivado por uma denúncia, em que a vítima registrou ocorrência relatando prejuízo de cerca de R$ 200 mil. O golpe foi aplicado quando ela tentava adquirir um apartamento na cidade de Goiânia, tendo os golpistas se passado por profissionais do mercado imobiliário.

De acordo com a apuração, os criminosos copiavam informações de anúncios de vendas de imóveis reais e criavam anúncios falsos. Depois, intermediavam o contato entre o vendedor original e o comprador interessado, convencendo as partes a não discutirem valores durante a visita ao imóvel.

Intermediando a compra, os falsários instruíam as vítimas a realizarem transferência dos valores para contas bancárias de terceiros, geralmente “laranjas”, depois bloqueavam o contato. Só aí as vítimas entendiam que se tratava de um golpe e que o dinheiro não havia sido endereçado ao vendedor real.

Para garantir o mecanismo, o grupo criminoso utilizava múltiplos perfis falsos, bem como diversos números de telefone e contas bancárias para dificultar o rastreamento. O dinheiro obtido ilicitamente era rapidamente transferido para diversas outras contas em valores menores, como uma manobra para inviabilizar o rastreio e recuperação.

A Polícia continua com as investigações com a análise do material apreendido com as 40 medidas cautelares expedidas. A partir dos dados obtidos e das quebras de sigilo, os agentes almejam identificar outros possíveis integrantes da rede criminosa, detalhar a participação de cada envolvido e buscar a recuperação dos valores subtraídos das vítimas.


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