Com uma vitória segura por 2 a 0 sobre a Chapecoense, neste sábado, na Arena Condá, construída no primeiro tempo, o Palmeiras conseguiu efeitos positivos importantes. A equipe aliviou a pressão após a derrota para o Flamengo na última rodada, manteve a vice-liderança e evitou que o Atlético-MG disparasse ainda mais na ponta do Campeonato Brasileiro.
Mesmo diante do lanterna, a vitória serviu para que a equipe recuperasse a confiança para a semifinal da Libertadores, terça-feira, contra o Atlético-MG, no Allianz Parque. O Palmeiras não vencia fora de casa havia três jogos.
O ataque jogou bem, especialmente no primeiro tempo, com destaque para Raphael Veiga e Dudu. O Palmeiras foi aos 38 pontos, mantido no segundo lugar. Sem vencer nenhuma partida em casa no torneio, o time catarinense permanece em último lugar – hoje são 12 pontos de diferença para sair da zona da degola.
Pressionado pela má fase – o time chegou a Santa Catarina com uma vitória nos últimos cinco jogos -, o técnico Abel Ferreira decidiu começar a partida com os titulares. Havia a expectativa de poupá-los para a semifinal da Libertadores. A principal mudança foi a entrada de Luiz Adriano no lugar de Rony no ataque No meio, Felipe Melo e Patrick de Paula foram escalados no lugar de Zé Rafael (suspenso) e Danilo (contundido).
Aproveitando os erros da defesa rival, de passe e de posicionamento, o Palmeiras conseguiu se impor logo de cara. Após um erro na saída de bola da Chapecoense aos 9 minutos, Wesley fez boa jogada e tocou para Raphael Veiga chutar firme e rasteiro, abrindo o placar.
O gol no início da partida também foi o resultado de uma boa movimentação do meio para a frente. Dudu, Veiga e Wesley se aproximavam de Luiz Adriano, o que confundia a defesa catarinense. A formação ofensiva pode ser uma opção para o jogo da Libertadores.
Jogando dessa forma, praticamente todos os ataques eram chances de gol. Foram cinco chances claras no primeiro tempo. O time conseguiu ampliar a vantagem aos 27. Depois de outra boa jogada de Raphael Veiga, Luiz Adriano finalizou. O gol interrompeu um longo jejum do atacante, que vinha sofrendo com uma lesão crônica no joelho.
No segundo tempo, Abel começou a poupar alguns jogadores pensando na partida da Libertadores. A equipe sentiu falta de Wesley, que deu lugar para o zagueiro Renan. Mais recuado, esperando o contra-ataque, a equipe ficou menos com a bola nos pés e chegou a ser pressionada pela Chape em alguns momentos.
A equipe parou de fazer a aproximação dos jogadores do meio com os atacantes e passou a claramente administrar o resultado. Poderia ter feito mais.
Abel Ferreira prometeu atenção especial com a defesa, que havia levado 11 gols nos últimos cinco jogos do Brasileiro após a derrota para o Flamengo. Em Santa Catarina, a defesa foi pouco exigida e saiu sem levar gols. Bastante inferior tecnicamente, a Chapecoense teve mais posse de bola no segundo tempo, mas esbarrou em suas limitações e não criou chances para diminuir o tamanho da derrota.
Ficha técnica
Chapecoense 0 x 2 Palmeiras
Chapecoense: Keiller; Matheus, Kadu, Jordan e Busanello; Alan (Moisés), Denner (Foguinho), Mike e Anderson (Léo); Bruno Silva (Fabinho) e Perotti (Ravanelli). T.: Pintado.
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha (G. Menino), Luan, Gustavo Gómez e Piquerez; Felipe Melo, Patrick de Paula (Matheus Fernandes), Veiga (Rony) e Dudu (Veron); Wesley (Renan) e Luiz Adriano. T.: Abel Ferreira.
Gols: Raphael Veiga, aos 9 minutos; Luiz Adriano, aos 27 minutos
Juiz: Paulo Roberto Alves Junior (PR).
Amarelos: Patrick de Paula, Anderson, Felipe Melo, Bruno Silva
Local: Arena Condá, em Chapecó (SC).
(Conteúdo Estadão)