21 de março de 2025
Operação Halal

Operação combate sonegação fiscal em restaurante de Goiânia

De acordo com a polícia, o grupo utilizava máquinas de cartão de crédito e débito (as chamadas POS) registradas em CNPJs diferentes do estabelecimento investigado
Operação do Fisco Estadual cumpre mandados de busca e apreensão em quatro estabelecimentos do ramo de restaurantes na capital. Foto: Felipe Marra
Operação do Fisco Estadual cumpre mandados de busca e apreensão em quatro estabelecimentos do ramo de restaurantes na capital. Foto: Felipe Marra

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) deflagrou, nesta terça-feira (25) a Operação Halal, realizada contra um grupo de restaurantes em Goiânia. Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. As investigações apontam a sonegação de aproximadamente R$ 3 milhões, conforme levantamento preliminar.

Entre as principais irregularidades identificadas estão, de acordo com a polícia, a não emissão de notas fiscais no momento da venda de mercadorias, caracterizando o chamado “caixa dois”. Além disso, foi constatado o uso de máquinas de cartão de crédito e débito (POS) registradas em nome de terceiros, uma prática utilizada para ocultar o faturamento real das empresas.

A operação se deu com base em indícios de sonegação fiscal e fraude detectados pela Gerência de Inteligência Fiscal da Secretaria da Economia, a Receita Estadual, por meio da Delegacia Regional de Fiscalização de Goiânia, em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT).

“O Fisco goiano detectou que grande objetivo dessa fraude era omitir o real faturamento das empresas para continuar no Simples Nacional e ter uma alíquota menor de ICMS”, destacou o superintendente de Fiscalização Regionalizada da Secretaria da Economia, Gustavo Henrique.

O delegado Adjunto da DOT, Alexandre Alvim, ressaltou que o grupo, que atuava sonegando impostos, se utilizava de máquinas de cartão de crédito e débito (as chamadas POS) registradas em CNPJs diferentes do estabelecimento investigado. “Além disso, muitas vezes deixavam de emitir notas fiscais e omitiam informações, reduzindo o valor que deveriam pagar de ICMS ao Estado de Goiás. Isso caracterizava a prática de sonegação fiscal”, detalhou.

O material apreendido passará por análise detalhada do Fisco e será submetido a um rigoroso processo de auditoria. Caso as irregularidades sejam comprovadas, as empresas serão autuadas visando o ressarcimento dos valores sonegados aos cofres públicos.

“Com a análise dos arquivos apreendidos, iremos calcular o real faturamento omitido. A partir desse valor, será possível determinar o montante exato do ICMS sonegado. Além disso, haverá a retroatividade para o desenquadramento dessas empresas do Simples Nacional, obrigando-as a recolher o tributo devido, acrescido de multas”, reforçou o superintendente Gustavo Henrique.


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