O governador em exercício de Goiás, Daniel Vilela, realizou nesta quarta-feira (19) uma visita técnica às obras do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), em Goiânia. O hospital, que será referência nacional no tratamento do câncer, já conta com 19,5 mil metros quadrados construídos e prevê a contratação de 1.100 servidores, entre eles 300 médicos, que serão selecionados por meio de processo seletivo em andamento.
“Tenho acompanhado constantemente essa obra, que é prioritária para o nosso governador Ronaldo Caiado. Todos estamos empenhados para que seja concluída o mais rápido possível e ofereça a medicina especializada tão carente e necessária”, afirmou Vilela durante visita técnica, destacando a inovação do hospital, que trará um modelo de atendimento diferenciado:
Talvez nem a medicina privada no país ofereça um tratamento de câncer infantil como este. É algo que nos deixa muito orgulhosos e, principalmente, garantirá dignidade às crianças que precisam desse atendimento, tudo isso custeado pelo SUS.
Durante a coletiva de imprensa, o secretário de Infraestrutura de Goiás, Pedro Sales, destacou a magnitude do projeto e a importância da infraestrutura para garantir um atendimento de excelência. “Nós estamos aqui na frente da unidade infantil, a área voltada para o tratamento do câncer infantil, que tem aproximadamente 20 mil metros quadrados. A obra já está em sua fase final e deve ser entregue nos próximos meses”, afirmou. Ele ainda ressaltou que a acessibilidade ao complexo está sendo aprimorada:
Ainda temos uma obra rodoviária para fazer. Vamos criar uma faixa de acesso exclusivo na BR, garantindo melhor fluxo para os pacientes e seus familiares.
O secretário adjunto de Saúde, Sérgio Vencio, reforçou que a unidade terá um impacto significativo na assistência oncológica infantil. “O Cora será uma referência mundial no tratamento do câncer infantil. Serão 48 leitos e cerca de 250 cirurgias por mês, além de mais de 2.500 consultas mensais”, explicou. Ele também enfatizou a inovação nos processos de capacitação da equipe médica:
Estamos inaugurando uma nova forma de iniciar os trabalhos: a equipe passará por um mês de treinamento antes da abertura oficial do hospital. Esse é um cuidado essencial para garantir a excelência nos atendimentos desde o primeiro dia.
Referência em saúde
O hospital será 100% público e contará com infraestrutura moderna para atender pacientes em tratamento de alta complexidade. Além dos atendimentos pediátricos, o projeto inclui uma ala adulta, que terá seus projetos finalizados ainda este ano, com previsão de início das obras no começo de 2025. “A gente ainda vai finalizar os projetos da área adulta este ano para iniciar as obras no início do próximo ano. Vai ser um hospital de altíssima qualidade e referência”, completou Vencio.
Com a nova unidade, Goiás passará a oferecer um dos mais avançados serviços de transplante de medula óssea do país. “Hoje, o maior serviço de transplante de medula óssea do estado está no HGG. Aqui no Cora, nós vamos ampliar ainda mais essa capacidade, proporcionando um atendimento de excelência para as crianças”, pontuou Vencio.
Acomodação para os pais
Uma das principais inovações do Cora é a estrutura de acomodação para os pais das crianças em tratamento. “O leito da criança é conjugado com um quarto para os pais. Há pesquisas internacionais que mostram que a presença dos pais aumenta em 30% a chance de cura. Isso faz toda a diferença”, explicou Vilela. Ele ressaltou que o hospital contará com brinquedotecas e espaços de convivência para tornar o ambiente mais acolhedor para os pequenos pacientes.
Com um investimento de aproximadamente R$ 192 milhões, o hospital será um marco na oncologia pública do Estado. “Goiás não precisará mais encaminhar pacientes para outros estados em busca de tratamento. Já temos um hospital oncológico em Uruaçu e, em breve, outras unidades, como as de Itumbiara, estarão operando. O sistema público de saúde estará bem assistido na oncologia”, afirmou.
A previsão é que o Cora entre em funcionamento ainda no primeiro semestre de 2025. “Nosso esforço total é para que estejamos com o hospital operando o mais rápido possível”, concluiu Daniel Vilela.
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