09 de outubro de 2024
Destaque • atualizado em 22/08/2021 às 21:42

“O Supremo hoje é ditador”, diz Luiz do Carmo ao se posicionar a favor de impeachment de Alexandre de Moraes

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Senador por Goiás, Luiz Carlos do Carmo (MDB) afirma que votará a favor do impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e próximo mandatário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Em entrevista ao Diário de Goiás, neste domingo (22), o parlamentar destacou a necessidade de ação por parte do Congresso Nacional.

“Esse homem está extrapolando a função dele”, disse. “Ele está totalmente fora da Constituição Federal. O Senado tem que fazer alguma coisa, tem que colocar limite no Supremo. Quem pode fazer isso somos nós, os senadores”, frisou.

Para o emedebista, se trata de um período de ditadura no STF. “O povo tá espantado. Prendendo sem ter direito, sem estar condenado. Nem crime existe, ainda”, ponderou Luiz do Carmo, com a ressalva de que já havia solicitado pedido semelhante. “Eu pedi o impeachment dele, sozinho, e não foi colocado”, alegou.

No entanto, o senador salienta que o assunto deve ser colocado em votação. “Se tiver tudo legalmente, tem que mandar. Tem que fazer. Nós temos que mandar um recado para o Supremo. O Supremo hoje é ditador e o Alexandre representa eles”, pontuou. “O Senado já foi complacente com esse povo nesse poder. Coisa de logística e da Constituição, eles julgam. Não existe na lei e eles estão julgando. Está errado”, frisou o parlamentar.

Questionado se o senador Vanderlan Cardoso (PSD) acompanharia o seu voto, Luiz do Carmo afirmou não ter conhecimento e destacou que “cada um tem a sua opinião” dentro do Congresso. O emedebista ressaltou, ainda, não ter ciência sobre o avanço do pedido nos próximos dias. Ele acredita que, no cenário atual, o pedido não passe.

“O plenário deveria decidir, mas eu não sei se vai mexer com isso essa semana. Semana que vem tem votação presencial e aí pode ser que toquem nesse assunto, mas eu não conversei com ele (presidente do Senado). Sei que tem um pepino na mão dele e só tem um jeito de sair do pepino: colocando no plenário”, ponderou. “Hoje, no meu entender, não passa. Depende da movimentação. Mas o meu voto é a favor”, reforçou o parlamentar.


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