14 de julho de 2025
Mobilidade • atualizado em 24/06/2025 às 11:56

Novo Anel Viário de Goiânia: obra de R$ 948 milhões promete desafogar trânsito

O empreendimento terá 44 quilômetros de pista dupla e tem como principal objetivo retirar o tráfego pesado da BR-153
Fotos: Alex Malheiros.
Fotos: Alex Malheiros.

A Prefeitura de Goiânia apresentou, nesta terça-feira (24), o projeto do novo Anel Viário da capital, uma obra de infraestrutura que promete transformar a mobilidade na Região Metropolitana. O empreendimento terá 44 quilômetros de pista dupla e tem como principal objetivo retirar o tráfego pesado da BR-153, atualmente sobrecarregada com o fluxo de caminhões que cruzam áreas urbanas de Goiânia e municípios vizinhos.

“Essa é uma obra importante para a Região Metropolitana como um todo. Hoje, quase o dia todo, a rodovia está congestionada”, destacou o prefeito Sandro Mabel, durante a reunião de apresentação do projeto, realizada no Paço Municipal. O novo traçado começa em Goianápolis, na altura da Polícia Rodoviária Federal, passa por Senador Canedo, Goiânia, Aparecida de Goiânia e termina nas proximidades do Posto do Boi, em Hidrolândia.

Com orçamento atualizado para R$ 948 milhões, conforme o Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO) de julho de 2023, o projeto prevê a construção de 45 obras de arte especiais, incluindo 10 pontes e 35 viadutos, além de 26 km de interligações com outras rodovias. O Volume Médio Diário (VMD) projetado para 2035 é de 21.844 veículos.

Apoio tripartite e execução via RDC

A execução será financiada com recursos federais e o processo de licitação será realizado via Regime Diferenciado de Contratações (RDC), o que permite a contratação integrada, incluindo projeto executivo e obra. A expectativa é que os trabalhos comecem no primeiro trimestre de 2026.

Segundo Mabel, o momento político favorece a concretização da obra. “Agora temos as condições políticas e técnicas para tirar esse projeto do papel”, afirmou. Ele também lembrou que a obra é uma demanda antiga. “Quando fizemos o contorno sudoeste de Goiânia, em 1995, já reivindicávamos o contorno noroeste. Agora chegou a hora.”

O prefeito enfatizou ainda que o pavimento será feito em solo-cimento com revestimento rígido, tecnologia que oferece maior durabilidade e menor necessidade de manutenção. “É uma obra que vai ficar na história”, declarou.

Estado e União juntos no projeto

O vice-governador Daniel Vilela reforçou o compromisso do Estado com a obra, especialmente na atualização dos licenciamentos ambientais e no apoio às desapropriações. “É uma obra estratégica, que integra o Norte ao Sul do país. Nem Goiânia, nem Goiás podem esperar por uma nova concessão para que ela saia do papel”, disse.

Daniel também lembrou que a construção faz parte de um esforço conjunto entre os governos federal, estadual e municipal, além da bancada federal goiana. “Ela fazia parte das obrigações da antiga concessionária da BR-153, mas, com a caducidade do contrato, precisamos de uma solução direta e rápida com recursos públicos”, afirmou.

Articulação política

O deputado federal Rubens Otoni destacou o empenho político para viabilizar a obra. “Superamos as etapas mais complexas. O projeto já foi aprovado pelo DNIT e com o apoio do ministro Renan e da bancada goiana, a obra vai começar no início do próximo ano”, disse.

Relator do Orçamento da União para infraestrutura, o deputado José Nelto garantiu que os recursos necessários estarão disponíveis. “Vamos assegurar o dinheiro. Com união de forças, essa obra vai acontecer”, afirmou.

Benefícios diretos para a população

Entre os principais benefícios esperados estão a redução dos congestionamentos na BR-153, o alívio no tráfego urbano de Goiânia, Aparecida e Senador Canedo, além de ganhos logísticos para o transporte de cargas entre o Norte e o Sul do Brasil.

“Vai permitir que Goiânia e Aparecida respirem. A BR-153, que hoje virou uma grande avenida dentro da cidade, vai voltar a funcionar com mais eficiência. O trânsito vai melhorar e a qualidade de vida da população também”, destacou Mabel.

A entrega da obra está prevista para ocorrer em até três anos após o início dos trabalhos.


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