O senador e presidente estadual do PL, Wilder Morais, afirmou que não vê obstáculos para a formação de uma chapa entre seu partido e a primeira-dama Gracinha Caiado, caso ela seja candidata ao Senado em 2026. “Você sabe da minha relação com o governador e com a Gracinha. Sempre caminhamos juntos aqui em Goiás, temos uma boa convivência e nenhuma dificuldade nesse sentido”, declarou ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares.
A fala sinaliza a possibilidade de alinhamento entre PL e União Brasil nas eleições de 2026, apesar da movimentação do PL para lançar uma candidatura própria ao governo estadual. Wilder reiterou que a definição sobre seu nome para a disputa majoritária será tomada mais adiante. “Estou no mandato de senador com mais cinco anos e meio pela frente. Se lá na frente a decisão for essa, eu sou uma pessoa de missão… Se o partido determinar, nós estaremos juntos.”
Ao comentar o crescimento do PL no Estado, o senador destacou que a legenda está estruturada para disputar todos os cargos. “Queremos ampliar o partido em Goiás, essa é a determinação da executiva nacional”, disse.
Wilder também elogiou o gesto do governador Ronaldo Caiado (UB), que recentemente defendeu a anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o senador, a declaração representa uma postura de estadista e fortalece a aproximação entre os dois grupos políticos. “O Brasil inteiro está clamando por anistia. Ele é um dos que está nessa luta e isso está totalmente alinhado com o que nós, do PL, defendemos”, concluiu. Confira a entrevista na íntegra:
Altair Tavares: Senador, temos muitas especulações sobre o futuro do PL em 2026. O que é importante esclarecer agora, levando em consideração a estratégia do partido para o Estado de Goiás?
Wilder Moraes: O PL é o maior partido do Brasil. Temos o maior número de deputados, já tivemos o maior número de senadores, e com certeza o partido vai crescer no Brasil inteiro e aqui em Goiás não será diferente. Temos condições de atuar em todas as frentes, de lançar candidatos para todos os cargos: governo, Senado, deputados federais e estaduais… Queremos ampliar o partido em Goiás, essa é a determinação da executiva nacional.
Altair Tavares: O senhor está firme na pré-candidatura ao governo?
Wilder Moraes: Olha, como eu te falei, estou no mandato como senador da República, com mais cinco anos e meio ainda pela frente. A decisão sobre isso será tomada nacionalmente, em conjunto com o nosso grupo político aqui em Goiás. Se lá na frente essa for a decisão, eu sou uma pessoa de missão… Se o partido determinar, nós estaremos juntos.
Altair Tavares: Quando o senhor diz “lá na frente”… É no ano que vem ou no final deste ano?
Wilder Moraes: É no ano que vem. Agora temos muita coisa para fazer… Vamos trabalhar, fortalecer ainda mais nosso mandato como senador e, a partir daí, o partido vai avaliar o cenário. Mas o objetivo é claro: o PL quer crescer e deve lançar candidatura majoritária.
Altair Tavares: Quais são os dados efetivos sobre conversas para formação de chapa com a Gracinha Caiado?
Wilder Moraes: Você sabe da minha relação com o governador e com a Gracinha. Sempre caminhamos juntos aqui em Goiás, temos uma boa convivência e nenhuma dificuldade nesse sentido. Mas é o tempo que vai decidir. Tem muita coisa para acontecer até o ano que vem… O que eu posso dizer é que estamos firmes. Vamos ter nosso candidato à Presidência da República, que é o nosso eterno presidente Jair Messias Bolsonaro.
Altair Tavares: E como o senhor avalia, para finalizar, o gesto do governador Caiado ao afirmar que anistiaria Bolsonaro, caso fosse presidente?
Wilder Moraes: É um gesto importante. O governador Caiado é uma das grandes expressões políticas do Brasil… Já foi deputado federal várias vezes, senador da República, agora é governador — bem avaliado. É o gesto de um estadista que almeja a Presidência da República. O Brasil inteiro está clamando por anistia. Ele é um dos que está nessa luta, participou conosco dos encontros com o presidente Bolsonaro em São Paulo, na Avenida Paulista. Desde o início ele deixou claro que também quer a anistia… Isso está totalmente alinhado com o que nós, do PL, defendemos.
Altair Tavares: Um sinal de aproximação mesmo?
Wilder Moraes: É uma ação de aproximação, sim. Ele também representa a direita no Brasil.
Leia mais sobre: Eleições 2026 / Gracinha Caiado / Senado / Wilder Morais / Política